O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o candidato presidencial francês François Fillon poderiam ter impedido a crise síria pós-2011 se na altura tivessem sido eles os líderes de seus países, disse o chefe do Centro para Assuntos Políticos e Estrangeiros, Fabien Baussart, à Sputnik na sexta-feira (25).
"Se François Fillon e Donald Trump fossem os presidentes de seus respectivos países em 2011 ou 2012, nós poderíamos possivelmente ter evitado esses terríveis anos de absurdas reuniões e decisões dos aliados da Síria, do Reino Unido e França", disse Baussart.
A vitória de Trump na eleição presidencial dos EUA de novembro abre um caminho para um diálogo genuíno russo-americano na resolução da crise, de acordo com Baussart.
"A eleição de Donald Trump como presidente dá esperança, a esperança de iniciar um verdadeiro diálogo com a Rússia", disse ele.
François Fillon é o único candidato presidencial capaz de estabelecer um diálogo com a Rússia, disse Baussart à Sputnik.
"Este é o único candidato que tem uma visão geoestratégica, que entende a Rússia e pode dialogar com a Rússia… Ele não irá defender os interesses russos, ele irá promover os interesses da França, mas fá-lo-á como amigo", disse Baussart sobre a possível presidência de Fillion.
Baussart observou que ele não prevê a vitória de Fillon nas eleições presidenciais francesas, mas sublinhou que o ex-primeiro-ministro francês tem chances reais de vencer.
Em outubro, Donald Trump Jr., filho do presidente eleito dos EUA, participou de um evento organizado pelo grupo de especialistas de Baussart, que também contou com a participação de representantes da oposição síria. Randa Kassis, a presidente do movimento de oposição sírio Sociedade Pluralista, disse que ela e Trump discutiram no evento como os Estados Unidos e a Rússia poderiam chegar a um acordo para acabar com a guerra na Síria.
O primeiro turno das eleições presidenciais na França será em abril de 2017.