O Professor João Magueijo, do Colégio Imperial de Londres, e o Doutor Niayesh Afshordi, do Instituto Perimeter de Física Teórica canadense, supõem que a velocidade da luz, que sempre foi percebida como uma constante, pode variar. Por exemplo, na revista Physical Review D eles afirmam que há muito tempo, quando o Universo mal surgiu, a luz se deslocava muito mais rapidamente do que hoje.
Segundo dizem os cientistas, o aparecimento do Universo que nós conhecemos, repleto de galáxias, estrelas e gás, foi possível devido às mínimas variações na densidade da matéria do universo primitivo, o que naquela época parecia um nevoeiro quente, opaco e plasmático.
Flutuações na densidade ocorreram por a velocidade da luz não ser estável, afirmam os cientistas. Eles frisam que a gravitação e a luz se deslocavam a velocidades diferentes, sendo que a gravitação se movia mais devagar. Depois, na medida em que o universo se expandia e se tornava mais frio, a luz começou se movendo mais devagar até conseguir acompanhar a gravitação.
Na física e astronomia contemporâneas, a teoria da inflação é considerada como mainstream. Esta teoria, que se baseia na velocidade constante da luz, propõe que o nosso Universo se expandiu a uma velocidade variável, já que a primeira expansão foi muito brusca e rápida, mas depois desacelerou por causa desconhecida. Ambas as teorias se esforçam por solucionar o chamado problema do horizonte.
Acredita-se que o Universo conhecido, a despeito das flutuações mínimas já mencionadas, tem densidade mais ou menos igual em todas as direções. Se a luz sempre se desloca à mesma velocidade, e o Universo se expande à mesma velocidade, a luz portadora de calor não poderia atingir os limites do Universo de modo suficientemente rápido, o que resultaria na densidade significativamente variável no Universo e que seria possível medir.
Segundo diz a teoria da luz variável, a velocidade de expansão do Universo vira constante, mas isso é devido ao fato de a luz se ter movido muito rapidamente e a energia de calor se dispersar de maneira homogênea. A teoria rechaça condições estranhas e problemáticas, embora ela precise de passar por testes para ser comprovada e exige tecnologias que ainda não estão disponíveis.