A morte do ex-líder cubano Fidel Castro não deve afetar o compromisso do Washington em normalizar as relações com Havana. Ao menos foi o que disse nesta segunda-feira o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.
"Do ponto de vista dos EUA, eu não esperaria qualquer impacto nos progressos que estamos empenhados em fazer para começar a normalizar as relações com Cuba", afirmou Earnest.
A Casa Branca ainda não anunciou se enviará representante para a o funeral de Castro.
Trump
A normalização das relações entre EUA e Cuba, porém, devem sofrer um período de instabilidade com a chegada de Donald Trump à presidência em Janeiro do próximo ano. Isso porque Trump prometeu ao longo de toda a campanha, pesar a mão no regime contra Cuba.
Nesta segunda-feira (28), ele avisou pelo Twitter que vai acabar com as relações do seu país com Cuba caso a ilha não se mostre disposta a oferecer um "acordo melhor".
If Cuba is unwilling to make a better deal for the Cuban people, the Cuban/American people and the U.S. as a whole, I will terminate deal.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 28 de novembro de 2016
"Se Cuba não quiser fazer um acordo melhor para o povo cubano, o povo cubano-americano e os Estados Unidos como um todo, vou acabar com o acordo", escreveu o magnata.
No sábado (26), Trump classificou Fidel Castro como um "ditador brutal que oprimiu seu próprio povo por quase seis décadas" e que deixa um "legado de pelotões de fuzilamento, roubo, inimaginável sofrimento, pobreza e negação de direitos humanos básicos".