Há mais de meio século, o astrônomo americano, Frank Drake, desenvolveu uma fórmula para calcular o número de civilizações na galáxia, com as quais seria possível desenvolver contato, tentando avaliar as chances de encontrar inteligência e vida extraterrestre.
O físico Enrico Fermi, em resposta a grande possibilidade de contato interplanetário, defendido na teoria de Drake, formulou a tese, hoje conhecida como o paradoxo de Fermi: se há tantas civilizações extraterrestres, então por que a humanidade não observou nenhum vestígio delas?
Dois astrônomos canadenses, Ermanno Borra e Eric Trottier, pesquisadores da Universidade de Laval em Quebec, acreditam ter registrado possíveis sinais de civilizações extraterrestres através da descoberta de oscilações estranhas no espectro de centenas de estrelas, semelhantes ao nosso Sol em tamanho, brilho e tempo de vida.
Tal conclusão foi possível graças à análise dos dados recolhidos de 2,5 milhões de astros da nossa galáxia, que foi realizada pelos autores do atlas Sloan com a ajuda de telescópios automáticos.
Borra e Trottier deram atenção exclusiva às variações periódicas especiais no brilho das estrelas, que, como foi recentemente defendido pelos conhecidos planetólogos David Kipping e Alex Tichy, alienígenas podem "adicionar" brilho às estrelas para sinalizar a sua presença. Sendo assim, os poderosos feixes de luz, poderiam ter como alvo o planeta Terra ou outros sistemas estrelares.
Os astrônomos conseguiram registrar as mudanças no brilho e nas propriedades espectrais em mais de duzentas estrelas, localizadas tanto perto da Terra como longe dela.
"Estes sinais, detectados por nós, não são apenas semelhantes, mas têm forma exata como foi prevista por outros astrônomos e por nós durante pesquisas anteriores. O fato de tal façanha ser presenciada em apenas um número muito pequeno de estrelas, semelhantes ao sol, somente reforça sua ligação à origem extraterrestre", dizem os cientistas.
De acordo com estimativas do SETI, a fidedignidade de tais observações pode receber uma nota na escala Rio de 1 a 10 pontos. O Instituto está se preparando para observar as estrelas em questão para desmentir as declarações de Borra e Trottier ou comprovar a teoria deles.