Na Cerimônia de abertura do Congresso da Diáspora Libanesa da América Latina, o presidente Michel Temer, que é descendente de libaneses, lembrou da ligação entre os povos e disse que a relação entre Brasil e Líbano é intensa e ressaltou a possibilidade de ampliar ainda mais o comércio bilateral entre os dois países.
"Não há distância que nos separa.do Líbano. Há um sentimento de fraternidade, de integração que poderá ser feita por um incremento maior das relações comerciais entre o Brasil e o Líbano."
Para atender à demanda dos investidores do país Árabe que tem interesse em prospectar oportunidades de negócio no Brasil, a Conferência traz painés temáticos abordando oportunidades no Brasil e na América Latina para investimentos, mercado para produtos libaneses e sistema bancário e financeiro.
Durante o encontro, o Ministro das Relações Exteriores, José Serra lembrou o crescimento das relações comerciais entre Brasil e Líbano nos últimos anos, destacando que o Mercosul negocia um acordo de livre comércio.
"A vontade de avançar, e eu sou testemunha disso, está presente em ambos os lados. Há muitas empresas brasileiras no Líbano do ramo alimentício a engenharia civil. É brasileiro, por exemplo, o projeto em execução para o fornecimento de água potável para Beirute, Bibos e entorno. A celebração de um acordo para cooperação de facilitação de investimentos poderá dinamizar ainda mais os fluxos de investimentos entre o Brasil e o Líbano."
De acordo com o cônsul-geral do Líbano em São Paulo, Kabalan Frangieh o principal interesse dos empresários libaneses é o de entrar no mercado brasileiro por meio de Investimento Direto no País (FDI na sigla em inglês), aportando recursos na forma de participação acionária em empresas já existentes ou na criação de novas empresas. "Eles querem ajudar, eles acham neste momento que o Brasil é o lugar para investir agora. Todo mundo sabe que o Brasil vive tempo difícil, mas esses empresários olham para a frente, acham que o Brasil vai para frente. Acham que esse é o tempo para começar, para comprar."
Em 2015, o volume de transações comerciais entre os dois países foi de US$ 310 milhões. O volume de exportações brasileiras para o Líbano foi de cerca de US$ 286 milhões, sendo a carne o principal produto comercializado, além de café, chá e animais vivos. Já o Brasil importou US$ 24 milhões, sendo adubos e fertilizantes os produtos mais comprados do parceiro Árabe, além de chumbo, produtos hortícolas e frutas. Em 2016, o maior volume de importações do Líbano tem sido de produtos alimentícios.