Rússia corre o risco de perder seu status de grande potência espacial

© Sputnik / Grigory Sysoev / Acessar o banco de imagensSuperlua no cosmódromo Baikonur
Superlua no cosmódromo Baikonur - Sputnik Brasil
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A Federação da Rússia terá no final de 2016 pela primeira vez menos lançamentos espaciais do que os EUA e a China, disse a jornalistas na terça-feira (29) o primeiro vice-chefe da Corporação espacial estatal russa (Roscosmos), Aleksandr Ivanov.

"Este ano será a primeira vez em que o número de lançamentos é menor do que o dos Estados Unidos e da China", disse ele durante uma conferência em Korolev.

Segundo as suas palavras, isso acontece devido ao fato de o Programa Espacial Federal ter outros objetivos, nomeadamente a criação de vários agrupamentos orbitais de satélites.

"O Programa Espacial Federal é orientado e organizado de modo a que, em primeiro lugar, é dada atenção ao restabelecimento do agrupamento orbital. Nós reduzimos o número de lançamentos nos interesses do Programa Espacial Federal (FKP — na sigla em russo)".

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Está sendo criado um agrupamento orbital de satélites de telecomunicações, um outro de sondagem da Terra, bem como estabelecida uma série de unidades para fins militares, a primeira tarefa do programa Espacial foi orientada precisamente para isso", disse Ivanov.

Há quem tenha outra opinião. A indústria espacial russa está estagnada e não assegura a preservação da Rússia no século XXI como a principal potência espacial, disse na terça-feira (29) Grigory Chernyavsky, membro-correspondente da Academia de Ciências da Rússia e diretor do centro cientifico-técnico Cosmonit.

"A indústria espacial ainda está em um estado de estagnação e não permite, na minha opinião, a manutenção do status da Rússia como principal potência espacial no século XXI. O novo Programa Espacial Federal também não incute otimismo, especialmente após a redução do financiamento estatal. Parece que esta questão precisa de soluções sérias ", disse ele na conferência "Cosmonáutica do século XXI".

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O Programa Espacial para os anos de 2016-2025 prevê, na primeira fase, que o agrupamento orbital de satélites civis (para fins económicos e científicos) adquira a estrutura mínima necessária, contando principalmente com os satélites instalados nos anos anteriores. Um reequipamento parcial está previsto só na segunda fase, com início em 2021.

O financiamento do Programa Espacial é de 1.521 triliões de rublos. Estão previstos testes do foguete pesado Angara com uma espaçonave tripulada de nova geração, lançamentos a partir do cosmódromo Vostoshny em 2023, o estudo da Lua com o lançamento de cinco naves espaciais em direção ao nosso satélite, a continuação de funcionamento da Estação Espacial Internacional e a participação no programa Exomars.

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