"Este ano será a primeira vez em que o número de lançamentos é menor do que o dos Estados Unidos e da China", disse ele durante uma conferência em Korolev.
Segundo as suas palavras, isso acontece devido ao fato de o Programa Espacial Federal ter outros objetivos, nomeadamente a criação de vários agrupamentos orbitais de satélites.
"O Programa Espacial Federal é orientado e organizado de modo a que, em primeiro lugar, é dada atenção ao restabelecimento do agrupamento orbital. Nós reduzimos o número de lançamentos nos interesses do Programa Espacial Federal (FKP — na sigla em russo)".
Há quem tenha outra opinião. A indústria espacial russa está estagnada e não assegura a preservação da Rússia no século XXI como a principal potência espacial, disse na terça-feira (29) Grigory Chernyavsky, membro-correspondente da Academia de Ciências da Rússia e diretor do centro cientifico-técnico Cosmonit.
"A indústria espacial ainda está em um estado de estagnação e não permite, na minha opinião, a manutenção do status da Rússia como principal potência espacial no século XXI. O novo Programa Espacial Federal também não incute otimismo, especialmente após a redução do financiamento estatal. Parece que esta questão precisa de soluções sérias ", disse ele na conferência "Cosmonáutica do século XXI".
O financiamento do Programa Espacial é de 1.521 triliões de rublos. Estão previstos testes do foguete pesado Angara com uma espaçonave tripulada de nova geração, lançamentos a partir do cosmódromo Vostoshny em 2023, o estudo da Lua com o lançamento de cinco naves espaciais em direção ao nosso satélite, a continuação de funcionamento da Estação Espacial Internacional e a participação no programa Exomars.