Ao discursar no fórum dedicado ao célebre diplomata russo Yevgeny Primakov, o ministro russo fez lembrar que, em 1997, os signatários do documento acordaram em não se considerar um ao outro como adversários.
"Continuamos entendendo o ato fundamental como um dos acordos-chave na esfera da segurança europeia. Apelamos aos países-membros da OTAN para não permitirem o desvio dos princípios e regras de conduta estabelecidos no diocumento. Infelizmente, tais tentativas já têm ocorrido", manifestou Lavrov.
"Hoje em dia é nesta base — nos princípios de igualdade, respeito recíproco de interesses, não interferência nos assuntos internos — que o presidente russo, Vladimir Putin, propõe construir o diálogo russo-americano. A cooperação pragmática e reciprocamente proveitosa entre a Rússia e os EUA corresponde aos interesses de ambos os países, à estabilidade e segurança mundiais", frisou o chefe da chancelaria russa no seu discurso.
Segundo disse o ministro, a tradição que "foi incorporada no nosso entendimento da política externa por Yevgeny Primakov continua sendo a base da diplomacia atual".
Outro discurso em destaque durante o fórum internacional foi o da presidente do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo), Valentina Matvienko. Segundo disse a senadora, Yevgeny Primakov foi primeiro a fazer o Ocidente entender que a Rússia conduzirá uma política externa independente ao determinar "uma linha vermelha que não pode ser ultrapassada por ninguém".
"Claro que nem todos gostam disso. É daqui que provêm a pressão política, as sanções econômicas, a maciça campanha midiática contra a Rússia, as tentativas de isolar o nosso país nos assuntos internacionais. Mas já se pode dizer que estas tentativas fracassaram", afirmou Matvienko.