'Cães de guerra' regressam aos Bálcãs

© Sputnik / Ana OtasevicCerca de arame farpado erguida na fronteira entre Sérvia e Hungria
Cerca de arame farpado erguida na fronteira entre Sérvia e Hungria - Sputnik Brasil
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11 jihadistas voltaram dos combates na Síria e no Iraque com documentos de conclusão de estudos. Estes documentos devem servir de álibi para evitar a sentença de prisão prevista na legislação da Sérvia por participação de ações militares no território de países estrangeiros.

Na segunda-feira (28), o presidente do Comitê de Controle dos Serviços de Segurança do parlamento sérvio, Igor Becic, disse que o Estado sabe onde estiveram e o que fizeram os jihadistas, mas é difícil provar isso no tribunal.

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A Sputnik Sérvia conversou com vários especialistas, que corroboraram a declaração do parlamentar. Destacam também que é difícil evitar a partida de militantes porque um sérvio pode viajar para a Turquia e, daí, dirigir-se para a Síria ou Iraque sem quaisquer dificuldades.

O especialista bósnio em assuntos de segurança Dzevad Galijasevic disse à Sputnik que a Bósnia e Herzegovina enfrenta o mesmo problema porque há regiões no Montenegro, no sul da Sérvia, bem como em Kosovo onde há bastantes pessoas simpatizantes de organizações terroristas.

"Podemos perseguir certos extremistas do Daesh, como aconteceu na Bósnia. Algumas pessoas foram condenadas, mas ninguém foi preso, tudo acabou com uma multa. Entretanto, se considerarmos as informações sobre os que combateram na Síria, sabemos que somente um wahhabista, Bajro Ikanovic,' tinha um destacamento de 20 militantes. Quanto à Frente al-Nusra, ao seu lado combatem, pelo menos 400 pessoas da Bósnia e Herzegovina, mais de 40 da Sérvia e cerca de 270 de Kosovo".

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Segundo o especialista, para identificar as pessoas que voltam da guerra é necessário trocar dados com Damasco e Bagdá e não identificar os que chegam para os Bálcãs fingindo de refugiados através de fontes da OTAN.

Na opinião do professor de política internacional e segurança da Universidade de Belgrado UNION, Slobodan Andjekovic, é necessário gastar menos tempo com a análise dos motivos da partida dos "cães de guerra" para o Oriente Médio. Elas representam uma ameaça. Em todos os casos voltarão como combatentes experientes. "O que aprendem durante um ano de guerra, o exército não ensina durante uma década", disse.

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