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Autoridades colombianas investigam por que avião da Chapecoense estava sem combustível

© Cr Wilson Pardo/Policia AntioquiInvestigações do acidente com o avião que levava o time da Chapecoense apontam falta de combustível
Investigações do acidente com o avião que levava o time da Chapecoense apontam falta de combustível - Sputnik Brasil
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As autoridades colombianas já não possuem mais dúvidas de que a principal causa para o acidente aéreo envolvendo o avião da LaMia, que transportava a delegação da Chapecoense e que caiu na Colômbia na madrugada de terça-feira (29) foi a falta de combustível.

Segundo o Secretário de Segurança Aérea, coronel Freddy Bonilla, o trabalho agora está focado em descobrir se o piloto não cumpriu as normas internacionais e voava sem a reserva de combustível.

"Podemos afirmar claramente que a aeronave não tinha combustível no momento do impacto. Por isso, iniciamos um processo de investigação para poder esclarecer  o motivo pela qual essas aeronave estava sem combustível no momento no impacto."

O coronel explicou que conforme as normas colombianas, o avião sempre precisa ter um combustível mínimo do aeroporto de origem ao de destino, ou seja, uma reserva para um período de 30 minutos de voo ou 5% do trajeto todo, conforme o que for o período maior. Segundo Bonilla, "neste caso, lamentavelmente, a aeronave não contava com combustível regulamentar para a contingência e para seu aeroporto alternativo, que deveria estar estabelecido. Seu plano de voo dizia que o aeroporto alternativo era a cidade de Bogotá."

O Secretário de Segurança Aérea da Colômbia, também fez questão de dizer que o fato de ter ocorrido um pouso de emergência do avião da companhia Viva Colômbia no aeroporto de Medellín, antes do acidente com a aeronave da Lamia, não um fator que contribuiu para a queda do avião.  

"Quero falar uma coisa importante. Às 21h20, uma empresa que voava entre Bogotá e San Andrés comunicou ao controle que tinha um possível vazamento de combustível. O controle ordenou pousar no aeroporto de Medellín para assegurar a aterrissagem. Enquanto isso, o avião boliviano com o time brasileiro pediu aproximação. Não recebemos nenhum aviso ou requerimento especial. O avião de carreira que ia para San Andrés, que seguia para Rio Negro, iniciou sua aproximação às 21h41, aterrissando às 21h52. A essa mesma hora, 21h52, o avião boliviano reportou emergência por combustível. Isso, claramente, deixa claro que não há nenhuma intervenção de emergência com a outra. A primeira foi simplesmente uma prioridade que demos para assegurar que a aeronave chegasse à terra."

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Ainda sobre as investigações, as autoridades britânicas confirmaram que as Caixas-pretas do avião que caiu na Colômbia serão analisadas na Inglaterra, mas ainda não há um prazo para divulgar o resultado da análise.

O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon informou nesta quinta-feira (1), que todos os corpos já foram identificados e estão no processo de embalsamento. A previsão é a de que a chegada dos corpos acontece na madrugada de sábado, dia 3, na cidade de Chapecó, SC, onde será realizado o velório coletivo. As autoridades brasileiras e colombianas estão trabalhando para agilizar a documentação. Três aviões da FAB vão sair de Manaus em um cortejo aéreo até o aeroporto de Chapecó, em Santa Catarina.

O representante das cinco funerárias, que estão fazendo o trabalho de liberação dos corpos Jorge Escobar, disse que pode liberar todos os corpos até às 22h desta quinta-feira (1), o equivalente a uma da manhã horário de Brasília, mas se isso não der certá já há um plano alternativo que será feito na manhã de sexta-feira (2). "O plano B é entregar os corpos amanhã (2), às oito horas da manhã. Sair amanhã às oito da manhã para o aeroporto."

Enquanto isso na Arena Condá acontece a finalização dos preparativos para receber os corpos das vítimas do desastre aéreo com o voo da Chapecoense. Segundo o Gerente de Comunicação da Chapecoense,  Andrei Copetti, a expectativa é a de que 100 mil pessoas passem no estádio para se despedir dos jogadores.

"Nesse momento, os corpos estão no processo de preparação de embalsamento para que sejam transportados até Chapecó nas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), mas ainda não temos uma hora determinada. Nós vamos trazer todos os corpos até aqui e alguns já saem para suas cidades de origem com as suas famílias. Para o gramado da Arena Condá vamos trazer em princípio todas as pessoas de ligação direta com a Chapecoense, mais os jornalistas locais que serão velados. Logo após todo o trajeto, nós teremos o período inicial entre 45 minutos e 1 hora de velório reservado as famílias e pessoas mais próximas  e após esse período liberaremos para o acesso a imprensa e aos torcedores e simpatizantes da Chapecoense."

Há também a expectativa de que Michel Temer participe do velório coletivo das vítimas do acidente aéreo, mas ainda não foi definida a data para a ida do presidente para Chapecó. 

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