Nesta semana, a comissão militar norte-americana responsável pela investigação de incidentes informou que a Dinamarca participou dos ataques da coalizão em 17 de setembro, em resultado dos quais foram mortos combatentes ligados ao governo sírio, disse a Reuters. Depois dos dados terem sido publicados, o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Anders Samuelsen, e o ministro da Defesa dinamarquês, Claus Hjort Frederiksen, decidiram retirar os aviões, destacou o canal de televisão dinamarquês TV2. A data da volta dos aviões à pátria não foi informada.
Aviões dinamarqueses começaram a atacar militantes do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em muitos outros países) na Síria e Iraque no âmbito da coalizão internacional, liderada pelos EUA, em agosto do ano passado.
Os aviões da coalizão internacional realizaram quatro ataques em 17 de setembro contra tropas sírias que estavam cercadas pelos militantes do Daesh perto do aeródromo de Deir ez-Zor. Segundo os dados do governo sírio, os ataques resultaram na morte de 83 pessoas e mais de 100 ficaram feridas. Depois dos ataques, os militantes do Daesh passaram para a ofensiva contra posições do exército sírio.
Em setembro, Copenhague reconheceu o seu envolvimento nos bombardeamentos das posições do exército sírio na região da cidade de Deir ez-Zor, onde dois caças F-16 da Força Aérea da Dinamarca participaram da operação da coalizão. O comunicado, publicado no site das Forças Armadas da Dinamarca, destacou que Copenhague pedirá desculpas a Damasco quando os dados forem confirmados.