EUA ameaçam punir a China por negócios ilícitos com a Coreia do Norte

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Os Estados Unidos informaram à China que Washington não pensará duas vezes antes de impor sanções a empresas ou bancos chineses que realizarem negócios ilícitos com a Coreia do Norte, segundo disseram autoridades norte-americanas à agência Reuters.

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Na última quarta-feira, os 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas adotaram uma nova resolução impondo sanções econômicas a Pyongyang, em resposta ao seu último teste nuclear. A resolução 2321 proíbe o país de comercializar ferro, minério de ferro, cobre, níquel, prata, zinco, helicópteros, navios, monumentos e outros produtos, reduzindo também o volume máximo permitido para a exportação de carvão, entre outras medidas. 

A abordagem mais dura dos EUA em relação à China, principal parceira da Coreia do Norte, reflete, de acordo com a Reuters, a crescente impaciência de Washington com Pequim, que não estaria levando a sério as sanções já existentes contra o regime de Kim Jong-un. Essa teria sido a mensagem dada pelo vice-secretário de Estado Antony Blinken a autoridades chinesas durante um encontro no país asiático em outubro, pouco depois do quinto teste nuclear norte-coreano, realizado em 9 de setembro. Mensagem que, por sinal, foi reforçada pelo chefe da diplomacia americana, John Kerry, e pela conselheira de Segurança Nacional, Susan Rice, em novembro, durante reunião com o conselheiro de Estado chinês, Yang Jiechi, na cidade de Nova York.

Em resposta aos alertas dos Estados Unidos, funcionários do governo chinês disseram se opor a qualquer medida que possa afetar as empresas chinesas, em meio a um clima já bastante tenso entre os dois países por conta das disputas no mar do Sul da China e da insistência dos EUA em instalar um poderoso sistema de mísseis na Coreia do Sul. 

"Nós esperamos que a China implemente a resolução, mas se detectarmos que companhias chinesas estão conduzindo negócios que violam a resolução, ajudando e estimulando entidades proscritas da Coreia do Norte, vamos dizer aos chineses o que sabemos, com a expectativa de que os chineses façam alguma coisa", disse Danny Russel, secretário de Estado assistente para Negócios com o Leste da Ásia e Pacífico. 

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Com o mandato do presidente Barack Obama chegando ao fim, qualquer grande medida em relação a Pequim, segundo as autoridades americanas, deverá ser tomada no governo de Donald Trump, cujo posicionamento ainda não está claro para todos, apesar de suas críticas à China. 

"Se os chineses se recusarem ou errarem ao agir, já deixamos absolutamente claro: não apenas nos reservamos o direito de tomar uma ação de base nacional, mas não teremos escolhas além dessa", afirmou Russel. 

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