"Quanto às informações de que foi criado um exército de Aleppo, incluindo todos os grupos que se encontram na parte oriental desta cidade, e se isso pode significar que eles incluem também terroristas. Já tive oportunidade de apresentar dados em anteriores coletivas de imprensa que, segundo as nossas informações, e elas são bem credíveis, praticamente todos os grupos da oposição armada no leste de Aleppo estão subordinadas à Frente al-Nusra. Há cerca de 1.500 militantes da [Frente] al-Nusra e mais alguns milhares de outros grupos, cinco ou seis, que estão subordinadas à al-Nusra", disse Lavrov na coletiva de imprensa.
"Se agora foi anunciada a criação de um Exército de Aleppo, eu não excluo que isso seja mais uma tentativa de fazer um rebranding da Frente al-Nusra e, sob novo nome, tentar fazê-la evitar seu castigo merecido", acrescentou o ministro russo.
O chanceler russo afirmou também que durante mais de seis meses as negociações de paz na Síria estão bloqueadas pelos que apresentam ultimatos, que contradizem às normas internacionais, alegando que primeiramente é necessário derrubar o presidente sírio, Bashar Assad.
Além disso, Lavrov sublinhou que a Rússia até agora tem apoiado a proposta do enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, para a retirada dos militantes do leste de Aleppo.
Ele destacou também que, depois da libertação da maior parte de Aleppo oriental, não há mais receios que os comboios humanitários possam ser atacados.