Diretor Nacional de Inteligência dos EUA opõe-se a novas medidas de resistência à Rússia

© AP Photo / Ted S. WarrenPrédio do Congresso dos EUA em Washington
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O diretor nacional da Inteligência dos Estados Unidos, James Clapper, se manifestou contra a emenda de um projeto de lei do Congresso sobre as medidas de resistência à Rússia, comunicou a agência Reuters, citando uma carta de Clapper ao Congresso.

Mais cedo, a Câmara dos Representantes norte-americana adotou um projeto de lei que visa a criação de um grupo especial intergovernamental destinado a "detectar a influência clandestina" russa. Tal disposição faz parte do projeto de lei sobre o financiamento dos serviços de inteligência em 2017.

O documento trata da "resistência às ações ativas da Rússia para exercer influência sobre os povos e os governos ".

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Em particular, o projeto de lei diz respeito às suspeitas de que a Rússia alegadamente estará manipulando a mídia e financiando os agentes de influência. Agora cabe ao Senado aprovar o documento, e se for aprovado, será assinado pelo presidente.

Clapper acha que a emenda "passa os limites da mera vigilância e representa uma regulamentação mesquinha", diz-se na carta citada pela Reuters. Além disso, o diretor nacional de Inteligência receia que se trate de uma dublagem do trabalho que já é feito em uma série de serviços secretos norte-americanos. Afinal, Clapper acha que o projeto de lei pode prejudicar as relações entre a inteligência norte-americana e seus parceiros externos.

A postura de Clapper não quer dizer que ele esteja completamente contra as medidas anti-russas — trata-se do fato dos serviços secretos estarem descontentes por lhes atarem as mãos e os controlarem demais através do Congresso.

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A carta de Clapper foi enviada ainda antes da eleição de Donald Trump para o cargo de presidente norte-americano, em 8 de novembro. Clapper disse que irá se resignar com a partida da atual administração.

Ao mesmo tempo, nesta sexta-feira (3) a Câmara dos Representantes norte-americana adotou a chamada iniciativa de segurança nacional, e, como já era esperado, aprovou gastos no valor de 4,3 bilhões de dólares para o combate à agressão russa. Tal verba foi proposta por Barack Obama em fevereiro do ano corrente.

Foi proposto destinar o dinheiro à "diplomacia política, econômica e púbica, bem como ao apoio militar, visando reforçar a resistência e reduzir a vulnerabilidade perante a agressão russa entre os aliados da OTAN e parceiros na Europa, Eurásia e Ásia Central".

Diz-se no documento que os EUA continuarão se recusando a cooperar com a Rússia no domínio militar até que ela cumpra uma série de exigências: por exemplo, a entrega da Crimeia para a Ucrânia, observação dos acordos de Minsk e "a renúncia a quaisquer atos agressivos que ameacem a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".

A maior parte da verba — 3,4 bilhões de dólares — tem por objetivo garantir a segurança dos aliados europeus.

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