Os protestos deste domingo demonstraram um perfil semelhante aos atos que pediram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Convocados pelos grupos Vem pra Rua e Movimento Brasil Livre, os manifestantes, em sua maioria de classe média e alta, saíram às ruas vestindo verde e amarelo, pedindo o fim da corrupção e enaltecendo o juiz federal Sérgio Moro, que comanda as investigações da Operação Lava Jato. Também estiveram presentes grupos pedindo intervenção militar no país.
Todo o Brasil grita em uníssono seu apoio à #LavaJato. É possível o Congresso fingir q não ouviu? #corrupçãonão #horadafaxina #manifestação pic.twitter.com/x3yhbwLRNj
— Ricardo Amorim (@Ricamconsult) 4 декабря 2016 г.
Em nota, o Palácio do Planalto destacou o aspecto "democrático" das manifestações, dizendo que os atos fortalecem as insituições do país.
"Milhares de cidadãos expressaram suas ideias de forma pacífica e ordeira. Esse comportamento exemplar demonstra o respeito cívico que fortalece ainda mais nossas instituições. É preciso que os Poderes da República estejam sempre atentos às reivindicações da população brasileira”, diz o comunicado do Palácio do Planalto.
O principal alvo dos protestos foi o pacote de medidas anticorrupção, que foi aprovado com polêmicas alterações prevendo punição de juizes e membros do Ministério Público. Os manifestantes que foram as ruas defendem o texto original do pacote contra a corrupção, criticando as emendas feitas na madrugada de quarta-feira (4) na Câmara dos Deputados.
bingo do protesto
— João Luis Jr. (@joaoluisjr) 4 декабря 2016 г.
(x) pedido de intervenção militar
(x) faixa em inglês
(x) lula presidiário pic.twitter.com/VO6sGdgJH0
Segundo informações da Polícia Militar, 15 pessoas foram às ruas em São Paulo, na Avenida Paulista, número semelhante ao protestos em Brasília e no Rio de Janeiro, onde o público chegou a 20 mil em Copacabana. Cerca de 200 cidades em todo o Brasil reuniram manifestantes em defesa da Lava Jato.