Junto com o Movimento Brasil Livre (MBL), o Vem pra Rua e algumas outras entidades mobilizaram milhares de manifestantes em vários pontos do país. Os protestos, embora direcionados aos presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros e Rodrigo Maia, respectivamente, tinham outros objetivos, plenamente alcançados, segundo Rogério Chequer: apoio à aprovação do projeto original das "10 Medidas de Combate à Corrupção"; fim dos privilégios como a prerrogativa de foro; exigência ao Supremo Tribunal Federal de celeridade no julgamento de processos de políticos; e rejeição ao PLS 280, que tipifica os crimes de abuso de autoridade. Em entrevista exclusiva para à Sputnik Brasil, Rogério Chequer afirmou:
"Os objetivos que nós tínhamos em relação às manifestações de domingo foram plenamente atingidos. Foi um momento muito importante do desenvolvimento do cenário político no Brasil, porque cinco dias antes a Câmara dos Deputados havia desconfigurado completamente um projeto de lei que tinha sido demandado por 2,5 milhões de assinaturas da sociedade brasileira. Diante desse desrespeito e das tentativas ainda extras que foram cometidas – para que nada do que a sociedade estava pedindo fosse aprovado e de se usar um 'cavalo de troia' como projeto para inserção de coisas que só interessavam aos deputados –, a população precisava fazer alguma coisa. E essa é uma grande mudança que está acontecendo no Brasil. A população não mais fica parada, não mais fica assistindo quando é desrespeitada. Diante disso, nós estabelecemos uma série de objetivos para essa manifestação. E o fato de ela estar acontecendo em 243 cidades por todo o Brasil, de uma forma pacífica mas extremamente contundente, é um sinal de que a sociedade acordou e não vai mais permitir que políticos façam apenas o que querem, agindo apenas em interesse próprio. Daí, o grande sucesso obtido com as manifestações deste domingo."
Rogério Chequer disse ainda que a exigência apresentada aos ministros do Supremo Tribunal Federal para que tenham maior celeridade na apreciação dos processos que envolvem políticos com prerrogativa de foro (o chamado foro privilegiado) decorre da constatação de que "esta demora para o julgamento causa um mal muito grande ao país".