A análise vai durar até a próxima quinta-feira. Um número recorde de 11 juízes vai ouvir e ponderar os argumentos prós e contra a decisão. O veredicto final, porém, só deve sair em 2017. Governos autônomos da Escócia, do País de Gales e da Irlanda do Norte vão ser ouvidos sobre a questão.
A determinação judicial pela soberania do Parlamento sobre o Brexit aconteceu depois que dois reclamantes, um cabeleireiro brasileiro e uma empresária financeira, interpuseram pedido à Suprema Corte alegando que a saída do Reino Unido da UE iria destitui-los de alguns direitos adquiridos, como a livre circulação no bloco, e que isso não poderia ser feito sem o aval dos parlamentares escolhidos pelo povo.
Como o plebiscito que aprovou o Brexit não era vinculante, o governo, em teoria, não precisaria considerar seu resultado.
A primeira-ministra, Theresa May, sustenta que o plebiscito já foi autorizado pelo Parlamento e que bastaria iniciar as negociações, sem a autorização da Câmara dos Comuns.