O presidente eleito dos EUA Donald Trump será fiel às promessas feitas durante companha eleitoral de melhorar as relações com a Rússia, disse o chefe da Câmara de Comércio americana na Rússia, Alexis Rodziabko, à Sputnik International.
"É muito provável que Trump se mantenha fiel à melhoria das relações com a Rússia ou, pelo menos, dê alguns passos ao encontro da Rússia", disse Alexis Rodzianko.
Trump falou bastante da Rússia durante a campanha eleitoral, recordou Rodzianko, observando que o candidato republicano se mostrou mais aberto a mudanças na política dos EUA, enquanto a sua rival democrata Hillary Clinton foi menos flexível e demonstrou querer manter a atual situação nas relações russo-americanas.
"Quanto mais ele for capaz de fazer o que prometeu, melhor é para ele", afirmou Rodzianko.
O chefe da Câmara de Comércio Americana na Rússia acha que há possibilidades de levantar as sanções contra Moscou após a vitória de Trump.
A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA incute esperança no eventual levantamento das sanções económicas contra a Rússia, disse Alexis Rodzianko à Sputnik International.
"Claro que há chances. Não será fácil, mas, se o desejo de melhorar as relações for realmente alcançado ao nível dos presidentes, as consequências evidentes serão um alívio das sanções ou até a sua remoção", disse Rodzianko.
Alexis Rodzianko observou que é difícil encontrar estatísticas sobre as perdas dos empresários nos EUA devido ao regime de sanções. "Também é difícil separar o impacto das sanções do efeito de mercado, especialmente no que se refere aos preços do petróleo", acrescentou Rodzianko.
"É evidente que as sanções não ajudam e criam um ambiente emocional depressivo. Mas receio indicar um número e nós ainda nem o tentarmos estimar", indicou.
Trump reafirmou a sua vontade de normalizar as relações entre os EUA e a Rússia em sua primeira conversa telefónica com o presidente russo Vladimir Putin em 14 de novembro.
Desde 2014, as relações entre a Rússia e os EUA deterioraram-se devido à crise na Ucrânia. Washington e seus aliados introduziram várias etapas das sanções contra Rússia desde que a Crimeia se tornou uma parte da Rússia em 2014 e sob o pretexto do suposto envolvimento de Moscou no conflito ucraniano. A Rússia tem reiteradamente negado tais alegações, avisando que as sanções ocidentais são contraproducentes e minam a estabilidade global.