NASA revela o mais compacto e luminoso asteroide já conhecido

© flickr.com / UFO ManiaGrande asteroide se explodindo em vários destroços
Grande asteroide se explodindo em vários destroços - Sputnik Brasil
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Usando quarto telescópios instalados na Terra e quatro tecnologias de captura de imagens, um grupo de astrônomos estudou de perto um asteroide interessante próximo da Terra que tinha sido descoberta havia um ano.

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O asteroide raro, chamado 2015 TC25, com o diâmetro de apenas 2 metros, foi descoberto em outubro de 2015, quando voava perto da Terra, a distância de 128 mil quilômetros, o que equivale a apenas um terço do caminho entre o nosso planeta e a Lua.

Desta vez, a equipe encabeçada por Vishnu Reddy, professor assistente no Laboratório Lunar e Planetário da Universidade de Arizona, publicou informações adicionais obtidas graças à vigilância deste objeto intrigante, sendo que estes dados o viraram ainda mais interessante para a pesquisa.

"É a primeira vez que dispomos de informações óticas, infravermelhas e por radar sobre um asteroide tão pequeno, que no fundo é um meteorito", comunicou o chefe do grupo.

"Podem considerá-lo como um meteorito que está pairando no espaço e ainda não colidiu com nosso ambiente e não caiu na Terra — mas só por enquanto", frisou.

O 2015 TC25 é também um dos asteroides mais luminosos entre os descobertos até hoje, sendo que reflete até 60% da luz do Sol. Nossa Lua, por exemplo, reflete cerca de 12%.

Os astrônomos postulam que a luminosidade resulta de minérios refletores, especialmente silicatos, que se formam em um ambientes basálticos livres de oxigênio a temperaturas muito elevadas, segundo diz o portal International Business Times. Tais asteroides, de costume denominados como aubrites, são muito raros e representam um em cada mil meteoritos que caem na Terra.

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A maioria dos asteroides são, em essência, aglomerados de rochas cimentadas devido à gravidade, mas o 2015 TC25 é um pedaço de pedra monolítico. Ele também não possui uma camada de regolito, composta por pó solto, solo, destroços de rochas e outras substâncias que, normalmente, podem ser encontradas na superfície dos asteroides.

O pequeno meteorito luminoso voa a grande velocidade, completando uma rodada em dois minutos, dizem os astrônomos.

Porém, caso entre na atmosfera terrestre, ele bem pode se explodir, impossibilitando a pesquisa ulterior.

"Ser capaz de observar asteroides pequenos como este é como estudar amostras no espaço antes de eles penetrarem na nossa atmosfera e caírem na superfície da Terra. Isto também nos permite obter a primeira visão de sua superfície em estado puro, primordial <…>", partilhou o especialista.

A equipe de cientistas acredita que este asteroide é uma parte de um asteroide maior, o 44 Nysa, cujo tamanho é próximo da área da cidade de Los Angeles. A hipótese de um corpo celeste tão grande como Nysa 44 colidir com a Terra é extremamente baixa, mas pequenas partes de tais asteroides atingem o nosso planeta com regularidade.

​Se o meteorito tão grande cair na Terra, as consequências podem ser desastrosos, similares às que levaram à extinção de dinossauros. A NASA, que agora está se debruçando sobre a elaboração de um mapa de todos os asteroides até hoje conhecidos com o fim de prognosticar tal impacto, afirmou que não há asteroides, de entre os já detectados, que possam representar ameaça à Terra em um futuro próximo.

"Se formos capazes de descobrir e caracterizar asteroides e meteoritos assim tão pequenos, então poderemos entender a composição dos corpos que lhes deram origem, ou seja, os grandes asteroides, que têm muito menor hipótese de afetar a Terra", disse Reddy.

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