Desta vez, a equipe encabeçada por Vishnu Reddy, professor assistente no Laboratório Lunar e Planetário da Universidade de Arizona, publicou informações adicionais obtidas graças à vigilância deste objeto intrigante, sendo que estes dados o viraram ainda mais interessante para a pesquisa.
"É a primeira vez que dispomos de informações óticas, infravermelhas e por radar sobre um asteroide tão pequeno, que no fundo é um meteorito", comunicou o chefe do grupo.
"Podem considerá-lo como um meteorito que está pairando no espaço e ainda não colidiu com nosso ambiente e não caiu na Terra — mas só por enquanto", frisou.
O 2015 TC25 é também um dos asteroides mais luminosos entre os descobertos até hoje, sendo que reflete até 60% da luz do Sol. Nossa Lua, por exemplo, reflete cerca de 12%.
Os astrônomos postulam que a luminosidade resulta de minérios refletores, especialmente silicatos, que se formam em um ambientes basálticos livres de oxigênio a temperaturas muito elevadas, segundo diz o portal International Business Times. Tais asteroides, de costume denominados como aubrites, são muito raros e representam um em cada mil meteoritos que caem na Terra.
O pequeno meteorito luminoso voa a grande velocidade, completando uma rodada em dois minutos, dizem os astrônomos.
Porém, caso entre na atmosfera terrestre, ele bem pode se explodir, impossibilitando a pesquisa ulterior.
"Ser capaz de observar asteroides pequenos como este é como estudar amostras no espaço antes de eles penetrarem na nossa atmosfera e caírem na superfície da Terra. Isto também nos permite obter a primeira visão de sua superfície em estado puro, primordial <…>", partilhou o especialista.
A equipe de cientistas acredita que este asteroide é uma parte de um asteroide maior, o 44 Nysa, cujo tamanho é próximo da área da cidade de Los Angeles. A hipótese de um corpo celeste tão grande como Nysa 44 colidir com a Terra é extremamente baixa, mas pequenas partes de tais asteroides atingem o nosso planeta com regularidade.
6 foot Asteroid “2015TC25” is the #smallest #asteroid #ever discovered!
— The NEOShield-2 Team (@NEOShieldTeam) 5 de dezembro de 2016
Read: https://t.co/tp5KJRvzaR pic.twitter.com/zojIbpwkMj
Se o meteorito tão grande cair na Terra, as consequências podem ser desastrosos, similares às que levaram à extinção de dinossauros. A NASA, que agora está se debruçando sobre a elaboração de um mapa de todos os asteroides até hoje conhecidos com o fim de prognosticar tal impacto, afirmou que não há asteroides, de entre os já detectados, que possam representar ameaça à Terra em um futuro próximo.
"Se formos capazes de descobrir e caracterizar asteroides e meteoritos assim tão pequenos, então poderemos entender a composição dos corpos que lhes deram origem, ou seja, os grandes asteroides, que têm muito menor hipótese de afetar a Terra", disse Reddy.