"É uma decisão absolutamente ilegítima porque não foi tomada pelo Tribunal de Estocolmo, e, neste caso, podemos falar sobre novos riscos para o fornecimento de gás russo para os consumidores europeus", disse Novak depois das conversações trilaterais sobre gás realizadas entre a Rússia, a Ucrânia e a Comissão Europeia.
Diante da situação, Novak enviou uma carta ao vice-presidente da Comissão Europeia, Marosh Shefchovich, e a ministros de Energia de vários países europeus, denunciando a multa que qualificou como arbitrária.
"Na carta, expresso a minha profunda preocupação com a resolução aprovada pelo Tribunal Administrativo de Kiev", disse o ministro russo, acrescentando que este é um "caso sem precedentes que aumentou os riscos para a transferência de gás russo através da Ucrânia na temporada de inverno".
A companhia de gás ucraniana Naftogaz não compra gás da Rússia desde novembro de 2015. A empresa disse estar pronta para retomar as compras sob as condições dos pacotes de inverno anteriores.
Frente às previsões de um inverno rigoroso, as autoridades russas temem que a Ucrânia se aproprie ilegalmente do gás destinado à Europa, pondo em perigo o trânsito do combustível.
A Ucrânia retomou as compras de gás russo em 12 de outubro de 2015, mas em 25 de novembro as interrompeu novamente, transferindo neste período para a Gazprom 542 milhões de dólares em pré-pago, o equivalente a 2,383 bilhões de metros cúbicos de gás.