Exército sírio tenta resistir à invasão do Daesh a Palmira

© Sputnik / Maksim Blinov / Acessar o banco de imagensMilitares na parte histórica de Palmira liberada dos terorristas do Daesh, Síria, maio de 2016
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De importância milenar, Palmira voltou ao radar dos terroristas, que conseguiram tomar o controle de alguns silos de grãos e campos de petróleo nos arredores da cidade.

​O Exército sírio enviou reforços a Palmira, onde combatentes do Daesh (conhecido como Estado Islâmico, organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) avançam em um dos mais intensos confrontos desde que o grupo perdeu controle da cidade histórica neste ano.

O grupo tomou controle de áreas a noroeste e ao sudeste de Palmira e confrontos continuavam neste sábado (10), informou o Exército em comunicado. O ataque do Daesh começou na quinta e matou dezenas de soldados sírios. Os terroristas tomaram o controle de silos de grãos e de campos de petróleo e gás nos arredores de Palmira, informou o grupo Observatório Sírio para Direitos Humanos.

"O exército sírio e as milícias estão lutando ferozmente contra o Estado Islâmico nos arredores das aldeias de Jazal e Shaer. A situação em torno da crista da montanha Attar permanece tensa", disse uma fonte militar à agência de notícias russa, RIA Novosti. "As forças do exército reagruparam e deixaram várias posições ao longo do cume."

Importância milenar

Antes de ser expulso pelo Exército sírio em coalizão com a Rússia, o Daesh ocupou Palmira por 10 meses. A 200 quilômetros da capital Damasco, a cidade foi fundada no terceiro milênio antes de Cristo e continha uma série de riquezas arqueológicas.

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Durante a ocupação, o Daesh explodiu dezenas de estátuas, entre elas, relíquias da ocupação romana. Dois templos de 2.000 anos de idade, um arco e torres funerárias foram deixados em ruínas.

Em março, o diretor de Antiguidades e Museus da Síria, Maamun Abdelkarim afirmou que seriam necessários no mínimo cinco anos para restaurar os monumentos destruídos ou danificados.

Membro do grupo de especialistas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para o patrimônio sírio, Annie Sartre-Fauriat declarou porém que duvidava da "capacidade de se reconstruir Palmira" e chamou a restauração total de "ilusória", em referência às particularidades das riquezas detonadas pelo grupo.

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