Merchan tinha 58 anos e foi encontrado pela filha, que notificou imediatamente as autoridades colombianas. Seu corpo tinha ferimentos de faca no pescoço, braços e peito, além de uma carta para a filha. A Polícia trabalha com as hipóteses de assassinato ou suicídio, sendo esta última a possibilidade mais forte dadas as características dos ferimentos e o conteúdo do texto, que dizia:
"Desculpe-me filhinhas, Mary e outros familiares e amigos, mas não quer para voltar para a cadeia. Eu não quero estragar o Natal de vocês, eu sou inocente", em um trecho que poderia revelar possíveis antecedentes criminais do vigia.
A Polícia diz que está checando o passado dele. Por enquanto, a única declaração oficial sobre a testemunha destacou a importância de sua colaboração para identificar o suspeito da morte da criança.
"O testemunho de Merchán nos deu muitas luzes para ter um melhor conhecimento do ocorrido", afirmou o procurador-geral Néstor Humberto Martínez ao comentar a morte do segurança.
Entenda o caso
Arquiteto e membro de uma família rica de Bogotá, Rafael Noguera teria tomado a menina à força no bairro Bosque Calderón Tejada, ao leste de Bogotá, até seu apartamento. Lá, a Polícia encontrou o corpo de Yuliana Samboní, que era indígena e tinha apenas sete anos.
O crime causou comoção nacional, levando o Congresso do país a discutir o endurecimento das leis para estupradores na Colômbia. Nas ruas, chegou-se a exigir a adoção da prisão perpétua, da pena marcial e a castração química de estupradores.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, também manifestou repúdio durante coletiva de imprensa realizada nesta semana. "Exijo, como exigem todos os colombianos, a mais rápida e severa justiça que caia sobre o responsável deste assassinato", afirmou.