Berlim lançou pela primeira vez a ideia de treinar alguns membros das forças armadas sauditas em 2015, e está previsto que entre três e cinco oficiais sauditas serão treinados pelo Bundeswehr na Alemanha por ano.
A proposta suscitou críticas dos partidos da oposição que se opõem aos laços militares de Berlim com Riad, dado que a Arábia Saudita lançou uma campanha de bombardeamento contra o Iêmen em março de 2015. No final de agosto, a ONU havia estimado o número de mortes de civis em 3.799, com os ataques aéreos da coalizão liderada pelos sauditas responsáveis por cerca de 60% das mortes.
Em julho, o ministro alemão da Economia, Sigmar Gabriel, anunciou a entrega dos primeiros barcos-patrulha militares à Arábia Saudita, após um acordo acordado em 2013 para venda de 48 desses barcos a Riade.
"A Arábia Saudita é um estado sem lei e está travando uma guerra no Iêmen. Não existe uma única boa razão para autorizar a exportação de armas", disse o especialista em controle de armas do partido de esquerda Die Linke, Jan van Aken, ao jornal Frankfurter Rundschau.
Em 2012, foi relatado que o governo alemão tinha dado aprovação à venda de 270 tanques Leopard 2 à Arábia Saudita, embora Sigmar Gabriel tenha negado a possibilidade de tal acordo.