Na opinião de Satanovsky, a razão pela qual os sistemas de mísseis S-400 não abatem aviões israelenses estaria relacionada ao fato de que Israel não está interferindo no conflito sírio:
O conceito de segurança de Israel pressupõe que nenhum míssil, qualquer que seja a sua origem, pode cruzar a fronteira de Israel com o Líbano ou Síria, ou algum grupo hostil a Israel "instale trincheiras" perto dos limites do país nas Colinas de Golã.
No que diz respeito às relações russo-israelenses, Israel delineia de maneira clara os seus interesses e a Rússia os leva em consideração durante sua atuação na Síria, opina Satanovsky:
"Existe uma compreensão clara [por parte de Israel] sobre onde atuam as nossas Forças Armadas e sobre a não intensão dos aviões russos, que sobrevoam a fronteira de Israel, de bombardear esse país em caso algum, por isso ninguém os ataca", explica o especialista.
Satanovsky deixa claro que o objetivo da Rússia não é combater todos que se opõem ao presidente sírio Bashar Assad:
Os sistemas de defesa antiaérea russos S-400 Triumf foram posicionados no aeródromo de Hmeymim em 27 de novembro de 2015 com objetivo de proteger as instalações estratégicas da Rússia no espaço aéreo da Síria.
Vale ressaltar que, em 7 de dezembro, a mídia do Líbano informou que a Força Aérea de Israel atacou um alvo a sudeste de Damasco. Antes disso, em 30 de novembro, aviões militares israelenses realizaram ataque contra as posições do exército sírio na parte central das Colinas de Golã.