No documento, o assessor que é amigo e conselheiro do presidente avalia como "fantasiosa" a alegação do ex-vice presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho de que teria recebido "em espécie" recurso financeiros para serem doados ao PMDB. O advogado acrescenta que, para preservar sua dignidade e "manter acesa a chama cívica" que tem pelo país, "declina do honroso cargo de assessor da Presidência."
"Nos últimos dias, senhor presidente, vi meu nome jogado no lamaçal de uma abjeta delação, feita por uma pessoa que não conheço, com quem nunca travei o mínimo relacionamento e cuja existência passei a tomar conhecimento nos meios de comunicação, baseada em sua fantasiosa alegação, pela qual teria eu recebido parcela de recursos financeiros em espécie de uma doação destinada ao PMDB. Repilo com a força de minha indignação essa ignominiosa versão", disse Yunes na carta enviada ao presidente.
Em depoimento, Cláudio Melo Filho disse ter entregue dinheiro vivo ao assessor do presidente em 2014 durante um encontro que teve no escritório de José Yunes.
O pedido de afastamento do advogado foi aceito pelo presidente, sendo a primeira baixa do governo após as delações dos executivos da construtora.