Ataque terrorista a Palmira visava 'minar a vitória de Aleppo', diz presidente

© Sputnik / Mikhail Alaeddin / Acessar o banco de imagensUma bandeira síria improvisada em um bairro da zona leste de Aleppo libertado pelo exército nacional, em 13 de dezembro de 2016
Uma bandeira síria improvisada em um bairro da zona leste de Aleppo libertado pelo exército nacional, em 13 de dezembro de 2016 - Sputnik Brasil
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Em uma entrevista ao canal de televisão RT, o presidente sírio, Bashar Assad disse que a tomada de Palmira foi uma maneira do grupo terrorista Daesh reagir à libertação de Aleppo. Além disso, ele criticou a atitude da mídia ocidental pelo seu viés anti-sírio em todos os aspectos, mesmo nos positivos.

"Se nós liberamos Aleppo dos terroristas, os políticos e a mídia mainstream ocidentais irão se preocupar com os civis. Eles não se preocupam quando acontece o contrário, quando quem mata aqueles civis ou ataca Palmira, destruindo o patrimônio humano — e não só o patrimônio sírio, — são os terroristas", disse o presidente sírio.

Sobre a tomada de Palmira por uns 5 mil militantes do Daesh vindos supostamente de Raqqa e Deir ez-Zor, ele comentou ainda o seguinte:

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"…se você olha o horário do ataque deles, vai ver que esteve ligado ao que está acontecendo em Aleppo. É a resposta àquilo que está acontecendo em Aleppo — o avanço do Exército Árabe Sírio [exército do governo nacional]. Eles queriam minar a vitória em Aleppo e ao mesmo tempo distrair o exército sírio de Aleppo para o atrair mais para Palmira e destruir o avanço. Mas, claro, isso não teve efeito".

Respondendo a uma pergunta da jornalista do RT que quis saber o que Assad achava sobre a postura oficial do Ocidente, que insiste que a Rússia e o Irã "devem pressionar" o seu governo, ele disse o seguinte:

"Na política, é sempre importante saber ler nas entrelinhas, não ser literal. Não importa o que eles pedem. A tradução da sua declaração para a Rússia é 'por favor, parem o avanço do exército sírio contra os terroristas". Este é o sentido da declaração deles, pode se esquecer do resto: 'Vocês têm derrotado demasiados terroristas, isso não deveria acontecer. Vocês deveriam falar com os sírios para pôr fim a isso. Nós temos que guardar os terroristas e protegê-los'".

Mais cedo nesta semana, o exército sírio relatava importantes êxitos em Aleppo, a maior cidade do país, situada no norte, que tinha sido dividida de fato em duas partes, a oriental sendo controlada por grupos rebeldes. Na tarde de ontem, as informações oficiais diziam que pelo menos 98% da zona leste já estava sob o controle do exército nacional.

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