Segundo a agência, Rouhani pediu ao chefe da Organização da Energia Atómica do Irã, Ali Akbar Salehi, para elaborar um projeto de sistemas elétricos nucleares no prazo de três meses.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, ameaçou com a suspensão total do cumprimento do acordo nuclear.
Entretanto, o analista iraniano Emad Abshenass afirmou à Sputnik Persa que o acordo nuclear não proíbe o Irã de elaborar sistemas de energia nuclear para navios ou submarinos.
O especialista lembrou que, além do próprio acordo nuclear, o Irã e o grupo de seis países assinaram o Plano Universal de Ações Conjuntas sobre o programa nuclear do Irã. Segundo os norte-americanos, também há o chamado acordo de cavalheiros.
''Segundo o <…> acordo [nuclear], o Irã tem o direito de elaborar sistemas de energia nuclear para navios e submarinos. Entretanto, segundo o acordo de cavalheiros, o Irã prometeu se abster de tais ações por algum tempo'', disse Abshenass.
''A Casa Branca declarou que a prorrogação das sanções segundo a lei D’Amato não tem a ver com o Plano Universal. Sim, têm razão, o plano não trata disso, mas o acordo de cavalheiros tinha a ver [com este assunto], pressupunha que os EUA desistiriam das sanções'', sublinhou.
Abshenass disse que o Irã não respeita o acordo de cavalheiro porque os EUA o violaram, mas ainda age em concordância com o plano de ação. Se os EUA respeitarem o acordo de cavalheiros, o Irã reverá a sua posição, afirmou o cientista político iraniano.
Durante um ano e meio o Irã cumpriu todas as suas responsabilidades fixadas no acordo mas os EUA não o fizeram. Por exemplo, Washington ainda cria obstáculos à devolução dos ativos nacionais iranianos bloqueados em bancos internacionais, disse.