'Se Trump ignorar dados de inteligência, EUA passarão por mais atentados'

© AFP 2023 / BRANDON BREWER / US COAST GUARD Nova York destruida depois dos atentados terroristas em 11 de setembro (arquivo)
Nova York destruida depois dos atentados terroristas em 11 de setembro (arquivo) - Sputnik Brasil
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O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, arrisca a se tornar responsável por possíveis atentados no país em caso de continuar evitando briefings da inteligência, informou a agência Reuters citando o ex-diretor da CIA, Leon Panetta.

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Mais cedo, Trump se queixou que os briefings da inteligência, que o líder do país deve assistir, incluem informações que se repetem sem fim. Segundo Trump, ele é bastante inteligente para não assistir estes briefings todos os dias.

''Vi presidentes que perguntavam se é possível provar dados de inteligência ou quais são as fontes dos dados, mas nunca vi um presidente que dissesse: 'Não preciso disso'', afirmou Panetta, segundo a Reuters.

A mídia já criticou Trump por se encontrar com representantes da inteligência uma vez por semana, enquanto outros presidentes eleitos recebiam informações mais frequentemente. Por exemplo, o presidente atual dos EUA, Barack Obama, recebia representantes da inteligência todos os dias de manhã e ás vezes no fim de semana.

''Se passarmos por mais um atentado depois de os serviços secretos terem tido sinais ou informações referente a esse ataque, mas o presidente não o queria ouvir por qualquer razão, a responsabilidade pelo ataque será do presidente'', acrescentou.

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O diretor norte-americano que filmou o documentário Fahrenheit 9/11, Michael Moore, também está chocado com o fato de Trump ignorar dados de inteligência, informou o jornal The Independent.

Na sua página no Facebook ele escreveu: ''Trump matará todos nós.''

Na opinião dele, tal atitude pode significar que Trump permitirá atentados comparáveis com os de 11 de setembro de 2001.

''Em 6 de agosto de 2001, ele [George W. Bush] estava de férias na sua fazenda no estado do Texas. Naquela manhã, o seu conselheiro passou-lhe documentos do briefing diário de segurança nacional. Ele deu uma olhada e partiu para pescar todo o dia. O título dos documentos dizia 'bin Laden pretende realizar ataque dentro dos EUA'. A página de cima dizia como ele pretendia fazer isso: com ajuda de aviões'', escreveu Moore.

Segundo o jornal, o diretor está seguro que ''quando acontecer mais um atentado, e ele vai acontecer'', Trump acusará todos menos a si próprio.

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