"Os ministros das Relações Exteriores da Tríplice Aliança em conluio contra a Venezuela e o Mercosul se recusam a dialogar com a Bolívia e a Venezuela", escreveu Rodriguez em sua conta no Twitter, junto à foto de uma sala vazia da chancelaria argentina, que havia sido preparada para a reunião.
Los cancilleres de la Triple Alianza confabulados contra Venezuela y el MERCOSUR se niegan al diálogo con Bolivia y Venezuela pic.twitter.com/rPTtLJLq5n
— Delcy Rodríguez (@DrodriguezVen) 14 de dezembro de 2016
Em uma postagem anterior, ela aparecia sentada ao lado do chanceler boliviano David Choquehuanca, "esperando os chanceleres" dos outros países.
Ya estamos en la reunión de MERCOSUR esperando por los cancilleres de Argentina, Brasil, Paraguay y Uruguay! pic.twitter.com/znTQUlBQRQ
— Delcy Rodríguez (@DrodriguezVen) 14 de dezembro de 2016
Por "tríplice aliança", Rodriguez referiu-se aos governos da Argentina, do Brasil e do Paraguai, que no início do mês resolveram expulsar a Venezuela do bloco sul-americano, o que foi considerado como um golpe de Estado por Caracas.
No entanto, na reunião extraordinária de hoje realizada em Buenos Aires sem a presença da representante venezuelana, a presidência pro tempore do bloco foi transferida para a Argentina, para o primeiro semestre de 2017. Participaram do encontro os ministros das Relações Exteriores da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai. A Bolívia, por sua vez, está à espera de sua adesão ao bloco.
Estou reunido com os chanceleres da Argentina, Paraguai e Uruguai, em Buenos Aires, para a XI Reunião Extraordinária do Conselho do Mercosul pic.twitter.com/O59zdwWXBG
— José Serra (@joseserra_) 14 de dezembro de 2016
Em comunicado após a notícia, Rodriguez assegurou que a Venezuela continuará exercendo suas funções na presidência do Mercosul apesar de ter sido expulsa do bloco.
"Continuaremos presidindo o Mercosul até que sejam apresentadas as condições para a transição da presidência para a Argentina", disse a chanceler.
Do lado de fora do Palácio San Martin, sede do Ministério das Relações Exteriores da Argentina, centenas de manifestantes de organizações sociais expressaram seu apoio à Venezuela.
Ciudadanos argentinos reuniendose frente a Cancilleria, acompañando a @DrodriguezVen Queremos a Venezuela en MERCOSUR pic.twitter.com/cWoJTRd4Bq
— Alicia Castro (@AliciaCastroAR) 14 de dezembro de 2016
O país foi suspenso como membro pleno do Mercosul por descumprir o prazo que tinha sido imposto para que atendesse às regras do bloco, particularmente no que diz respeito a normas relacionadas a direitos humanos e à separação de poderes.
O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, afirma que as medidas de "assédio" contra seu país são parte de uma campanha internacional orquestrada por governos de direita da Argentina, do Brasil e do Paraguai, a fim de deslegitimar a Venezuela.