Ao comentar ao Wall Street Journal o que será do acordo nuclear com o Irã no mandato do próximo presidente dos EUA, Mogherini frisou que qualquer desvio deste acordo realizado por Washington provocará descontentamento por parte de Moscou.
"Se analisarmos cada caso de modo separado, podemos encontrar assuntos, o que não me admiraria, nas quais os europeus e os russos podem tomar o mesmo lado: o acordo iraniano, a regularização no Oriente Médio, e, talvez, o papel da ONU", partilhou a chefe da diplomacia europeia.
Ao longo da campanha eleitoral, Donald Trump sujeitou o acordo com o Irã a uma crítica feroz ao afirmar que ele fará com que a República Islâmica se apodere de armas nucleares. O conselheiro de Trump para a política externa, Walid Fares, afirmou que o presidente eleito exigirá que o documento sobre o programa nuclear iraniano seja revisado e emendado.
Em 14 de julho de 2015, o Irão e o grupo de seis mediadores internacionais chegaram a um acordo visando regular o velho problema nuclear iraniano. Em resultado, foi adotado um plano comum de ações, cuja realização garante o levantamento de sanções econômicas e financeiras impostas pelo Conselho de Segurança da ONU, EUA e União Europeia contra Teerã.