A decisão é do desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que determinou o retorno do ex-governador ao Rio seja imediato à pedido da defesa. O desembargador entendeu que a volta do ex-governador ao Rio não vai prejudicar a investigação sobre supostos privilégios que ele teria enquanto estava preso na cidade.
"Nem mesmo o fato de o paciente estar respondendo a processo penal também na Justiça Federal do Paraná, seria motivo para que ele lá permaneça, pois também está respondendo a processo aqui na Justiça Federal do Rio de Janeiro, e esta é a cidade de seu domicílio e de sua família, a qual, nos termos da legislação, prevalece para sua custódia", escreveu Abel.
Segundo denúncia do promotor, Cabral estaria recebendo visitas não-cadastradas na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). Ele também teria acesso ao banho de sol durante toda a tarde, ao contrário de outros presos de Bangu 8 que só podem passar uma hora diária no pátio.
O Ministério Público Federal ainda não se manifestou sobre a decisão. Cabral foi preso durante a operação Calicute, que investiga desvios em obras durante o governo dele à frente do estado do Rio de Janeiro.