"Eu matei cerca de três (pessoas); não sei quantas balas de minha arma entraram em seus corpos", disse ele. "Aconteceu e eu não posso mentir", acrescentou.
Mais tarde, em entrevista à BBC também nesta sexta-feira, Andanar disse mais uma vez que o presidente filipino "não é um assassino" e qualificou as declarações de Duterte como um discurso “duro”, dizendo que esta é a sua maneira de falar desde que ele era prefeito e aconselhando a "leva-lo a sério, mas não literalmente".
Na quarta-feira passada (14), Duterte disse a um grupo de líderes empresariais reunidos no palácio presidencial que havia matado "para mostrar à polícia que se eu posso fazer isso, porque vocês [a polícia] não podem?".
A confissão gerou pedidos de impeachment pelos grupos da oposição e dos direitos humanos.
O atual presidente serviu como prefeito por duas décadas. Neste período, ganhou a reputação de ser implacável contra os criminosos, em particular com o tráfico de drogas, e foi acusado de patrocinar grupos de extermínio.
Desde que assumiu a presidência das Filipinas, em 30 de junho deste ano, ele já provocou bastante polêmica com suas declarações públicas, chegando inclusive a incentivar explicitamente a população a fazer justiça com as próprias mãos contra os narcotraficantes.