Na sua opinião, as palavras de Trump fazem sentido apesar de seis dos países do golfo Pérsico – Bahrein, Qatar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Omã e Arábia Saudita – não dividirem fronteiras com a Síria.
“Para os países do golfo Pérsico, a Síria vive uma guerra centenária, uma luta pelo controle do caminho mais curto para transportar petróleo até a Europa. Em primeiro lugar, esses países patrocinam grupos da ‘oposição síria’ e tentam transformar Síria num segundo Afeganistão – dividir a o país em zonas de influência. Nada pessoal, apenas negócios”, defende o especialista.
Segundo algumas estimativas, a paz na Síria pode chegar a custar até 180 bilhões de dólares.
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O especialista indica que, paradoxalmente, os vizinhos mais próximos de Damasco — Líbano, Israel, Jordânia e Turquia – estão, por sua vez, decididos a piorar a situação na Síria, especialmente se Assad continuar a liderar aquele país. Trump, no entanto, ainda não se pronunciou a respeito desse fato.