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Delações da Odebrecht serão analisadas no STF durante recesso

© Valter Campanato/Agência BrasilTeori Zavascki, relator da Lava Jato no STF
Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF - Sputnik Brasil
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O Procurador-geral da República, Rodrigo Janot entregou nesta segunda-feira (19) as delações premiadas de 77 executivos e ex-executivos da construtora Odebrecht, que citam atos de corrupção envolvendo políticos de diferentes partidos, estados e cargos.

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot - Sputnik Brasil
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Janot quer investigações sobre vazamento de delações da Lava Jato
As delações agora estão sob a responsabilidade do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, que vai decidir se homologa os depoimentos. Ao chegar no STF, os documentos foram colocado na sala-cofre. 

O maior volume de depoimentos desde o início da Operação Lava Jato foi inserido nos sistemas de acompanhamento processual do tribunal e vão constar como sigilosos.

Segundo Teori, as delações serão analisadas mesmo durante o recesso do judiciário, devido a excepcionalidade do caso, porém não deu prazos. "Eu não examinei ainda esse material. Vou examinar, mas vamos seguir aquilo que a lei manda. Em face dessa excepcionalidade nós vamos trabalhar."

O Ministro do STF afirmou que vai divulgar os acordos assim que forem homologados e ressaltou que apesar de muito trabalho está com seus processos em dia.

"Eu tenho em torno de 100 inquéritos em matéria penal no meu gabinete. Eu não tenho nada atrasado, porque essa fase de investigação, é uma fase que depende muito mais do Ministério Público e da Polícia do que dos juízes. O meu trabalho está em dia."

Entre os depoimentos entregues está o do empresário, Marcelo Odebrecht, condenado a 19 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro nas investigações da Lava Jato. Em suas delações, Marcelo Odebrechet citou nomes de políticos para que fez doações de campanha, com origem ilícita.

Durante análise, Teori Zavascki vai verificar também nas delações os vazamentos de depoimentos que ocorreram antes da homologação. Por causa dos vazamentos, o ministro do Supremo, Gilmar Mendes comentou que não se deve descartar a possibilidade de delações serem anuladas por terem sido divulgadas pela imprensa.

 

 

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