A chegada de jornalistas provocou grande interesse e as crianças contam como passaram o tempo durante a ocupação.
Fátima tem 15 anos e vive no bairro de al-Shiar, controlado por jihadistas por muito tempo. No passado ela frequentou a escola e sonhava sobre o futuro com suas amigas. Mas, com a chegada dos terroristas, os sonhos se desmoronaram, tal como as paredes da escola. Vivendo sob as leis dos terroristas, que só permitem lealdade ou morte, sobreviver foi um problema mais difícil do que estudar matemática na escola. Fatima foi várias vezes torturada durante a ocupação terrorista.
Fuad tem 10 anos e conta que viu as coisas que até nem mostram em filmes de terror. Os terroristas proibiram a educação e tornaram a escola local em seu estado-maior. Segundo contou o menino, os terroristas lhe diziam que a educação não traz nenhuma vantagem e tentaram recrutar crianças para suas fileiras, falando sobre a "libertação da Síria".
"Quero que a guerra acabe e a vida fique sossegada. Sonho retornar a minha casa antiga, dormir em uma cama quente, não ter brigas com meninos e não ter vergonha da minha casa atual".
Mas nem todos querem ter uma vida mais calma: quando Abd tinha 6 anos, viu como assassinaram o seu pai. Agora o menino sonha com outras coisas:
"Quero me tornar adulto e forte. Vou arrestar todos os terroristas que mataram pessoas sem razão. Eles mataram o meu pai porque ele não quis combater contra o exército sírio".
"Tomara que não haja neve para nós não termos frio. E queria que a mãe chorasse menos", disse à Sputnik.
Por mais que a vida das crianças de Aleppo seja difícil, elas estão cheias de esperança e se mostram felizes com a libertação da cidade.