A empresária Sandra Seilz de Oberhausen adora correr. "Por mais de um ano durante a corrida eu pensava sobre como criar uma calça que protegesse as mulheres contra estupradores", diz ela.
O acontecimento decisivo que levou Sandra à realização dos seus planos aconteceu no ano passado. Um dia, durante a corrida, o caminho dela foi bloqueado por três homens que tentaram tirar sua calça. Esse evento, juntamente com os ataques contra mulheres em Colônia na véspera do Ano Novo, empurrou Sandra para a invenção dos "calções de proteção" ("shorts seguros").
Seilz fala entusiasticamente sobre suas vantagens: "Eles oferecem tripla proteção contra ataques de natureza sexual, e nós estamos muito orgulhosos disso." Em primeiro lugar, diz ela, cadarços desta peça de vestuário são resistentes a rasgo e corte. Um dos cordões fica na cintura da mulher — assim, é impossível tirar simplesmente os "calções de proteção" da mulher. Um cadeado pequeno protege os cadarços de desamarração.
O segundo grau de proteção é acústico: se puxar a calça, se ouve um sinal de alarme de 130 decibéis, o que espanta o atacante. Este sinal pode ser activado pela própria mulher puxando os cadarços. "O terceiro grau de proteção é um protetor muito macio no movimento, que não permite rasgar os calções e penetrar dentro deles", diz a inventora.
Os shorts são confortáveis e adequados para o uso diário, diz Sandra, uma inveterada fã de corridas. "Quando você se acostumar a eles, se torna muito fácil colocá-los e removê-los como quaisquer outros calções."
A grande demanda por essa calça não é só na Alemanha: "Ontem, vendemos um par para o Japão. Também para a Finlândia, Suécia, Itália, Taiwan e Estados Unidos", diz a inventora.
O modelo para jogging custa 149 euros, mas há outra opção por um preço de 99,99 euros. "É uma espécie de calcinha com cintura baixa. Ela pode ser usada sob uma saia ou calça jeans", explica Seilz.
"Ou seja, quando está frio lá fora como, por exemplo, na véspera de Ano Novo", sugere a Sputnik Alemanha.
"Sim, exatamente", responde ela.