Presidente Santos: na Colômbia não estão monopolizando bolívares

© REUTERS / Ueslei MarcelinoUm caixa recebe notas venezuelanas de bolívar em um mercado no centro de Caracas, Venezuela
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O presidente da Colômbia anunciou que nas próximas horas vai enviar uma equipe técnica para a Venezuela para estudar a situação cambiária que levou ao encerramento da fronteira por uma semana e a que o governo venezuelano decidisse retirar de circulação a cédula de 100 bolívares por terem sido acumuladas por "máfias" no estrangeiro.

Segundo um comunicado da Presidência da Colômbia, Juan Manuel Santos disse que o objetivo é "analisar se existem alternativas" aceitáveis para os dois países "para encontrar uma solução mais eficaz para a questão da moeda".

O chefe de Estado colombiano informou que na noite da segunda-feira (21) falou com seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, e concordou em "estudar conjuntamente" o que aconteceu e avaliar as possíveis soluções.

Santos insistiu que, ao contrário do que o governo de Maduro diz, "o problema não é que aqui [na Colômbia] estejam acumulando bolívares, o problema reside na Venezuela".

Para isso, ele baseou sua tese em que "o volume que têm as casas de câmbio e comerciantes [na região da fronteira] é muito reduzido", o que não possibilita especular com a moeda.

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Além disso, o presidente acrescentou que em seu diálogo com o presidente Maduro eles concordaram em reforçar os controles nas trilhas que ainda não são controladas.

"Falei ontem à noite […] com o presidente Maduro e mencionei esse problema específico, precisamos de mais colaboração entre as duas partes para combater o contrabando, porque o contrabando não convém absolutamente a ninguém", concluiu Santos.

Em 12 de dezembro, o presidente Maduro ordenou fechar imediatamente por 72 horas a fronteira com a Colômbia para enfrentar as "máfias" que, segundo ele, fazem contrabando da moeda venezuelana, o bolívar. No entanto, passadas 72 horas, o prazo foi prorrogado até 2 de janeiro.

Anteriormente, Maduro ordenou retirar de circulação as cédulas de 100 bolívares, o que afetou os comerciantes da área fronteiriça colombiana que não puderam ir ao país vizinho para devolvê-las ou trocá-las.

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