"A ONU muitas vezes criou numerosas comissões para os burocratas. Uma grande equipe de especialistas terá que trabalhar na comissão. Eles vão visitar um país após o outro, receber alguns documentos. Ninguém sabe como esses documentos serão avaliados e quais evidências serão ouvidas por eles", disse ela.
A analista política também avisou que tal comissão poderia estar predisposta a alcançar certo resultado em vez de conduzir uma investigação imparcial e ver aonde isso leva a equipe.
"Esta comissão dificilmente pode ser imparcial. Eu penso que esta solução é burocrática", disse ela, acrescentando que esta iniciativa "profana o trabalho sério" e pretende "ajustar as contas" com aqueles que a comissão não concorda.
"Como é possível que os crimes cometidos em um país sejam investigados por aqueles que não estavam presentes no país, quando tais eventos aconteceram?", perguntou Gevorgyan.
A analista política frisou o ataque a um comboio com ajuda humanitária da ONU perto da cidade síria de Aleppo em 19 de setembro como o caso principal. Na quinta-feira (22), a ONU comunicou que suas descobertas foram inconclusivas, não conseguindo identificar os responsáveis pelo incidente. No entanto, os investigadores insistiram que o comboio foi destruído em um "ataque aéreo".
Oficiais dos EUA culparam a Rússia e a Síria pelo ataque perto de Aleppo, realizado em 19 de setembro. O Ministério da Defesa russo negou estas alegações dizendo que nem aviões russos, nem sírios participaram do ataque.
"Está claro que as forças da Rússia e da Síria não tiveram nada a ver com isso. Ambos os países têm fornecido ajuda humanitária para Aleppo. A questão óbvia, evidentemente ignorada pela Comissão de Inquérito da ONU, é qual seria a necessidade de destruí-los? Também quem se beneficiou com o ataque — claramente não a Síria ou a Rússia", afirmou o analista de Chicago, Stephen Lendman.