O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta sexta-feira (23) uma resolução que exige que Israel ponha fim à construção de assentamentos em territórios palestinos. Os Estados Unidos se abstiveram de fazer o uso do veto, em contraste com a posição do país há cinco anos.
A resolução foi apoiada por 14 membros do Conselho de Segurança. O projeto exige que Israel "interrompa imediata e completamente todas as atividades de assentamentos nos territórios ocupados da Palestina, incluindo Jerusalém Oriental".
#UNSC resolution on #Israel/#Palestine has passed.
— UKUN_NewYork (@UKUN_NewYork) 23 de dezembro de 2016
14 votes in favor
0 votes opposed
1 abstention
1st resolution in 7yrs has been adopted. pic.twitter.com/VIx04Ruen9
A presidência da Palestina se pronunciou após o resultado da votação, afirmando que a resolução da ONU é um "grande golpe" para Israel.
"Este é um dia de vitória para o direito internacional, uma vitória para a linguagem civilizada e a negociação e uma rejeição total às forças extremistas em Israel", disse o negociador-chefe palestino Saeb Erekat à Reuters.
Na última quarta-feira (23), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu aos Estados Unidos que vetassem a resolução do Conselho de Segurança da ONU condenando as atividades de assentamentos israelenses.
Já o ministro da Energia de Israel, Yuval Steinitz, declarou hoje que os Estados Unidos abandonaram Israel com a abstenção na votação do Conselho de Segurança da ONU.
"Isto não é uma resolução contra os assentamentos, mas uma resolução contra Israel, contra o povo judeu e o Estado dos Judeus", disse ele.
Segundo o ministro israelense, "os Estados Unidos hoje simplesmente abandonaram seu único amigo no Oriente Médio", disse Steinitz.