Jornais do país descobriram o passado de Amri através de fontes do Ministério do Interior da Itália. Conforme essas informações, o tunisiano chegou à Ilha de Lampedusa em fevereiro de 2011 procurando refúgio. Ele se hospedou em um centro para menores na Catânia e se matriculou em uma escola, antes de autoridades descobrirem que ele já era maior de idade.
O tunisiano foi detido em 23 de julho de 2011 por colocar fogo no abrigo onde morava e por outros crimes como roubo, ameaças e agressão, cumprindo pena em Palermo, onde teria feito contato com radicais islâmicos. Em 2015, Amri recebeu o decreto de expulsão, mas nunca voltou de fato à Tunísia e seu paradeiro passou a ser desconhecido.
Autoridades alemãs identificaram que ele estava juntando dinheiro para comprar armas automáticas e "possivelmente cometer um ataque com cúmplices", mas a investigação foi abandonada por falta de provas.
Amri deveria ter sido deportado, mas não tinha documentos provando ser tunisiano e a Tunísia negava que ele de fato fosse. O trâmite burocrático para a deportação só se encerrou na última quarta, quando o ataque em Berlim já tinha sido consolidado.
Recompensa
A Polícia da Alemanha ofereceu uma recompensa de €100 mil para quaisquer informações que levem à prisão de Amri. Cartazes com fotos do suspeito foram espalhados por todo o país, na tentativa de capturar o suspeito.