O Conselho de Segurança da ONU aprovou na sexta-feira (23) uma resolução que exige a Israel que pare a construção de assentamentos no território ocupado da Palestina, inclusive em Jerusalém Oriental. Contrariamente à tradição existente, os EUA se abstiveram na votação e não usaram seu direito de veto, graças ao que a resolução foi aprovada.
"A última posição dos EUA no Conselho de Segurança da ONU de forma nenhuma influirá o futuro. É muito provável que os EUA devam fazer muitas concessões para compensar sua falta perante Israel", acredita o cientista político Rabia Gasan.
O especialisa não exclui também que possam acontecer mudanças drásticas na questão da Palestina. Gasan sublinha que atualmente a comunidade mundial está preocupada com outras questões, nomeadamente com a Síria.
"Sem dúvida que a nova administração americana irá trabalhar para fortalecer o poder de Israel e a defesa deste, especialmente tendo uma administração de extrema direita, semelhante ao governo em Israel", notou Ali al-Feisal, membro da Frente Democrática para a Libertação da Palestina.
O presidente eleito norte-americano Donald Trump mais cedo apelou à administração de Obama para vetar a resolução. Depois de isso não ter sido feito, o republicano declarou que com a sua chegada tudo mudará na relação com a ONU.