China está insatisfeita com nova lei norte-americana

© AFP 2023 / Greg BAKERPresidente dos EUA Barack Obama com o presidente chinês Xi Jinping em 14 de novembro, 2014
Presidente dos EUA Barack Obama com o presidente chinês Xi Jinping em 14 de novembro, 2014 - Sputnik Brasil
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A China está contra a cooperação militar entre os EUA e Taiwan. O comunicado da representante oficial da chancelaria chinesa, Hua Chunying, publicado na segunda-feira (26) focou sobretudo sobre este assunto.

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Mais cedo, o presidente norte-americano Barack Obama assinou a lei do orçamento militar que prevê, entre outras coisas, o desenvolvimento da cooperação militar entre os EUA e Taiwan.

Apesar de Obama deixar em breve seu posto, é pouco provável que o programa de cooperação militar com Taiwan seja absolutamente cancelado. Segundo especialistas, a decisão sobre novos passos no desenvolvimento de contatos com Taiwan na área de defesa pode agravar a o estado das relações sino-americanas, especialmente tendo em conta as declarações contraditórias do presidente eleito Donald Trump sobre a questão de Taiwan. É por isso que Pequim se manifestou com uma retórica violenta em relação à lei do orçamento militar dos EUA para 2017.

Segundo Hua Chunying, a China protesta contra essa disposição na lei. A diplomata lembrou que o assunto de Taiwan toca a soberania e integridade territorial da China e é um assunto interno chinês. É mais provável que a declaração seja dirigida à nova administração dos EUA.

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A China tem em conta a imprevisibilidade da linha política de Trump e dá sinais de que não aceitará a violação dos fundamentos das relações bilaterais. O respeito pelos acordos sobre Taiwan é uma parte importante do consenso que pode permitir o desenvolvimento construtivo das relações sino-americanas.

Em entrevista recente ao jornal Diário do Povo, este fato foi destacado pelo chanceler chinês Wang Yi. O ministro das Relações Exteriores da China não excluiu que nas relações entre o seu país e os EUA podem aparecer certas dificuldades e indefinições.

Wang Yi destacou que só em uma atmosfera de respeito mútuo e atenção pelos interesses fundamentais de ambos os países é possível ter uma cooperação estável e duradoura entre as partes e o desenvolvimento de um mecanismo de benefício mútuo.

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Comentando a promulgação da lei de orçamento militar dos EUA para 2017, Hua Chunuing sublinhou que a China exige aos EUA que respeitem as promessas feitas ao lado chinês relacionadas com a questão de Taiwan, que cessem os contatos com o país na área militar e a venda de armas a Taiwan para não minar os laços sino-norte-americanos e a paz e estabilidade no estreito de Taiwan.

É bastante óbvio que, em si mesma, a incorporação do ponto relativamente a Taiwan no documento sobre o orçamento militar é um passo sobretudo simbólico, que deverá sublinhar a dedicação dos EUA a um dos seus parceiros regionais.

O que é mais importante são os passos concretos que Trump dará após sua posse em 20 de janeiro e se realmente a política dos Estados Unidos relativamente à ideia de “uma só China”, discutida atualmente, será revista.

Mesmo o jornal Global Times, famoso por seus artigos bastante duros, não exclui que após o início dos trabalhos a nova administração norte-americana chefiada por Trump pode se tornar mais realista.

O jornal escreveu que é possível que Donald Trump não seja um "maníaco geopolítico" e que no momento ele simplesmente não preste muita atenção ao que diz.

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