Segundo o governo, o saldo negativo nas contas é causado principalmente pelas despesas da Previdência Social, que gastou quase R$ 145 bilhões a mais do que arrecadou entre janeiro e novembro deste ano. Já no mesmo período, o Banco Central e o Tesouro Nacional apresentaram resultados positivos de cerca de R$ 50 bilhões.
De acordo com a Secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi a medida que limita o aumento dos gastos públicos nos próximos 20 anos vai ajudar a reequilibrar as contas públicas.
"Qual é o nosso grande objetivo? É assegurar que as condições macroeconômicas do Brasil sejam favorecedoras a um maior crescimento e esses primeiros dez anos de vigência da PEC vão garantir uma estabilidade da dívida pública, que ainda crescerá um poucos nos três, quatro anos. Nos dez anos subsequentes, mantida essa disciplina essa dívida tende a se reduzir, a cair e a voltar a patamares onde nós temos uma percepção maior de sustentabilidade da dívida, de condições macroeconômicas mais favoráveis."
Para dezembro, o governo espera mais R$ 73,5 bilhões de déficit, o que também será o maior da história caso se confirme. A expectativa do governo se deve ao fato de quitar grande parte dos restos a pagar referentes a exercícios anteriores.
O governo federal possui um passivo de R$ 67,5 bilhões herdados de orçamentos passados, que são serviços e produtos adquiridos e ainda não pagos.
A secretária do Tesouro Nacional informou, que o Tesouro está engajado em fazer um pagamento adicional e mais reforçado de restos a pagar, de modo a reduzir o estoque dessa conta.
De acordo com as previsões do Tesouro Nacional, o Governo Central deve fechar o ano com déficit primário de R$ 167,7 bilhões, abaixo da meta aprovada pelo Congresso para 2016, que era de R$ 170,5 bilhões negativos.