Juntos com outras categorias que integram o Movimento Unificado dos Servidores Públicos (MUSPE), os policiais exibiarm cartazes e soltaram fogos para chamar a atenção dos visitantes. Em meio a um quadro de calamidade financeira, o governo do Estado ainda não pagou o salário de novembro e nem o 13º aos servidores. Para tentar amenizar essa situação, um grupo de magistrados do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) se mobilizou e conseguiu reunir R$ 25 mil em doações para parte dos 460 mil servidores estaduais. A ação se soma a de outras entidades, como a Polícia Civil, que já reuniram cerca de 150 cestas básicas.
A questão da segurança também é uma preocupação com a proximidade do réveillon no Rio, em especial na Praia de Copacabana, onde são esperadas 2 milhões de pessoas na virada do dia 31. A Sputnik Brasil conversou com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sinpol), Fernando Bandeira, sobre como será o esquema de segurança por parte da categoria. O dirigente informou que a assembléia, realizada na noite de terça-feira, descartou a paralisação de 24 horas prevista para o dia 31, mas concordou com o estabelecimento de uma Operação Tartaruga.
"A orientação é ir trabalhar, mas não fazer serviço mais nenhum, suspender as investigações, fazer só o indispensável, caso de homicídio, de flagrantes. Suspender o trabalho do dia a dia é uma maneira de protestar."
Bandeira disse que em janeiro haverá nova reunião de diretoria para discutir a decretação de greve durante o Carnaval, em final de fevereiro.
"Já pedimos por duas vezes uma audiência com o governador Pezão, já conversamos com o presidente da Assembléia (Jorge Picciani) e acionamos o Judiciário para ver o pagamento dos servidores da polícia."
Em relação ao apoio dado pela categoria àdoação de alimentos, o presidente do Sinpol afirma que, para os policiais civis da ativa e os aposentados, a situação não é tão grave assim como é a das pensionistas.
"O atraso no pagamento do 13º salário para os policiais da ativa e os aposentados foi ruim, mas não tão ruim como os das pensionista, para as quais não foram pagos os salários de novembro, dezembro nem o 13º. Vão começar a pagar agora em janeiro em cinco parcelas. Essa gravidade nos preocupa muito, e o sindicato está se mobilizando para trazer mais alimentos para as pensionistas terem alguma coisa para comer. Nunca houve uma crise tão grave no Estado do Rio de Janeiro como a atual."