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Perseguição policial no Rio agora é por cestas básicas

© Sinpol/DivulgaçãoPolícia Civil decide não parar no réveillon
Polícia Civil decide não parar no réveillon - Sputnik Brasil
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Os turistas hospedados no Hotel Copacabana Palace, no Rio, se surpreenderam com o número de policiais civis que integravam a manifestação, ocorrida na terça-feira, 27, em frente ao hotel. Junto com outros sevidores estaduais, eles pediam doações de alimentos não perecíveis para ajudar o funcionalismo público há dois meses sem receber salários.

Juntos com outras categorias que integram o Movimento Unificado dos Servidores Públicos (MUSPE), os policiais exibiarm cartazes e soltaram fogos para chamar a atenção dos visitantes. Em meio a um quadro de calamidade financeira, o governo do Estado ainda não pagou o salário de novembro e nem o 13º aos servidores. Para tentar amenizar essa situação, um grupo de magistrados do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) se mobilizou e conseguiu reunir R$ 25 mil em doações para parte dos 460 mil servidores estaduais. A ação se soma a de outras entidades, como a Polícia Civil, que já reuniram cerca de 150 cestas básicas.

A questão da segurança também é uma preocupação com a proximidade do réveillon no Rio, em especial na Praia de Copacabana, onde são esperadas 2 milhões de pessoas na virada do dia 31. A Sputnik Brasil conversou com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sinpol), Fernando Bandeira, sobre como será o esquema de segurança por parte da categoria. O dirigente informou que a assembléia, realizada na noite de terça-feira, descartou a paralisação de 24 horas prevista para o dia 31, mas concordou com o estabelecimento de uma Operação Tartaruga.

"A orientação é ir trabalhar, mas não fazer serviço mais nenhum, suspender as investigações, fazer só o indispensável, caso de homicídio, de flagrantes. Suspender o trabalho do dia a dia é uma maneira de protestar."

Bandeira disse que em janeiro haverá nova reunião de diretoria para discutir a decretação de greve durante o Carnaval, em final de fevereiro.

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"Já pedimos por duas vezes uma audiência com o governador Pezão, já conversamos com o presidente da Assembléia (Jorge Picciani) e acionamos o Judiciário para ver o pagamento dos servidores da polícia."

Em relação ao apoio dado pela categoria àdoação de alimentos, o presidente do Sinpol afirma que,  para os policiais civis da ativa e os aposentados, a situação não é tão grave assim como é a das pensionistas. 

"O atraso no pagamento do 13º salário para os policiais da ativa e os aposentados foi ruim, mas não tão ruim como os das pensionista, para as quais não foram pagos os salários de novembro, dezembro nem o 13º. Vão começar a pagar agora em janeiro em cinco parcelas. Essa gravidade nos preocupa muito, e o sindicato está se mobilizando para trazer mais alimentos para as pensionistas terem alguma coisa para comer. Nunca houve uma crise tão grave no Estado do Rio de Janeiro como a atual."

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