O vídeo retrata aquilo que se poderia parecer como uma festa típica no Ocidente. Moços e moças jovens se misturam e dançam, e dá para ver claramente as garrafas de álcool.
Porém, segundo as leis sauditas, é totalmente proibido pessoas de sexo diferente, que não sejam familiares, festejarem juntas. A venda, o serviço e o consumo de álcool também estão fora da lei. Mais que isso, uma mulher na gravação está usando shorts, o que é mais uma violação das leis morais sauditas.
Em resposta a esta gravação, a polícia da Arábia Saudita mobilizou um grupo de missão especial encabeçado pelo major-general Saeed al-Qarni.
Ao estudar a gravação, o respectivo grupo usou um método de análise das imagens e revelou que um mastro de bandeira que aparece no vídeo é o de Jeddah, um dos maiores no mundo. Após terem identificado o local, a polícia já não teve problema em localizar e deter a maioria dos jovens. De acordo com um porta-voz da polícia saudita, foram ainda tomadas medidas para deter os restantes.
Os participantes da festa, entre os quais estão ao menos um jordaniano e três libaneses, podem encarar pesadas punições.
Em fevereiro de 2016, onze pessoas foram condenadas a 300 chicotadas e mais um ano de prisão por terem participado de uma festa com pessoas de sexo diferente.
A Arábia Saudita é uma monarquia muçulmana que baseia as suas leis n a sharia. Além das forças policiais comuns, na Arábia Saudita há o Comitê para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício (ou seja, a "polícia religiosa") que aplica as leis religiosas, tais como os códigos de vestuário e segregação de gênero.
Segundo o Fórum Econômico Internacional, a Arábia Saudita está na 141ª posição em 145 países relativamente à paridade de gênero, enquanto a Freedom House caracteriza seu governo como o "Pior entre os Piores" em relação às liberdades políticas e civis garantidas a seus cidadãos.