"Infelizmente devemos constatar que em Washington, mais de uma vez, prevalecem os interesses estritamente partidários. Está claro que a contaminação da agenda referente ao Oriente Médio por conflitos políticos americanos internos dificilmente colaborará com o nobre objetivo de uma normalização ampla das relações entre Palestina e Israel. A reação diametralmente contrária ao discurso do secretário de Estado dos EUA por ambas as partes do conflito é a maior prova disso", explica o documento.
Nesta quarta-feira, Kerry realizou um discurso de mais de uma hora, durante o qual declarou que Israel está sendo governado por uma coalizão de direita e que a sua agenda está sendo ditada por elementos mais radicais.
Operando com cifras e estatísticas, o secretário de Estado realizou uma projeção da colonização da margem ocidental do rio Jordão e de Jerusalém oriental, que, segundo ele, acabará com as chances de frear a ocupação e de criar um estado Palestino.
"Além disso, como já dissemos mais de uma vez, o principal não é repetir os conhecidos princípios da normalização entre Palestina e Israel, mesmo que sejam os mais justos. O principal é o trabalho concreto para a sua realização", destaca o ministério das Relações Exteriores da Rússia.