Em meio a protestos contra o governo do presidente Michel Temer, que iriam se estender por todos os dias de competições, e polêmicas provocadas por problemas estruturais na Vila Olímpica, o Rio de Janeiro deu início ao período olímpico com uma belíssima e brasileiríssima abertura no estádio do Maracanã, considerada uma das mais encantadoras de todos os tempos.
Com a participação de figuras emblemáticas da música nacional, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Paulinho da Viola, além de vários atletas consagrados, o Brasil deu boas-vindas aos visitantes sob os olhares de dezenas de chefes de Estado e outras autoridades estrangeiras, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, Ban ki-moon, que estava próximo a Temer quando este, sob vaias, declarou abertos os Jogos Rio 2016.
Olimpíadas 2016: Temer reduz seu discurso na abertura da Olimpíada a 10 segundos e é vaiado | Esportes | EL PAÍS https://t.co/XkdRVsUPty
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) 6 de agosto de 2016
Nos esportes, apesar das punições que fizeram com que a delegação russa viesse desfalcada para as Olimpíadas e ficasse de fora dos Jogos Paralímpicos, estrelas nacionais e estrangeiras brilharam muito ao lado de novos ídolos, contagiando o público não apenas com suas performances irrepreensíveis nas competições, mas também pelo carisma, como foi o caso da pequena Flávia Saraiva, e pelo espírito esportivo, como demonstraram as corredoras Abbey D’Agostino e Nikki Hamblin e as ginastas Hong Un-jong e Lee Eun-ju.
Flávia Saraiva já merecia uma medalha só pela sua graciosidade e simpatia!#GinásticaArtística #BRA #TimeBrasil pic.twitter.com/cZQdflE8N1
— LauraRenaultNandes (@Lauraap30609071) 15 de agosto de 2016
No Rio, vimos mitos como Michael Phelps e Usain Bolt confirmando vitórias mais do que previsíveis, ao lado da fantástica Simone Biles, que se consagrou como o maior nome da ginástica artística da atualidade. Tão espetaculares quanto eles, no entanto, foram os diversos atletas de quem não se esperava tanto assim antes das Olimpíadas mas que superaram os mais diversos obstáculos e fizeram história na capital fluminense. Tivemos Mónica Puig e Juan Martín del Potro no tênis, Simone Manuel, Joseph Schooling e Dmitriy Balandin na natação, Hidilyn Diaz no levantamento de peso e Hoang Xuan Vinh no tiro esportivo, só para citar alguns exemplos estrangeiros.
Se alza la medallista de oro Mónica Puig como la Mejor Atleta Femenina de Río 2016 https://t.co/GauOiwm23k #RI1320 pic.twitter.com/e3KkI6mRPI
— Radio Isla 1320 (@radioisla1320) 16 de novembro de 2016
Entre os brasileiros, foram muitos os responsáveis por momentos memoráveis tanto nas Olimpíadas quanto nas Paralimpíadas. De Rafaela Silva à seleção masculina de voleibol, passando por Robson Conceição e Isaquias Queiroz, e de Daniel Dias ao time de futebol de 5, foram dezenas os que levaram a nossa bandeira com muita honra ao pódio. Ao todo, em um quadro de medalhas dominado por EUA, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha, o Brasil terminou na 13ª posição nos Jogos Olímpicos, com sete ouros, seis pratas e seis bronzes. Nos Paralímpicos, fomos um pouco melhor, ficando no oitavo lugar, com 72 medalhas, atrás de China, Grã-Bretanha, Ucrânia, Estados Unidos, Austrália, Alemanha e Holanda.
CAMPEÃO! Daniel Dias conquista o ouro nos 50m S5 e chega ao incrível número de 20 medalhas paralímpicas! pic.twitter.com/bRGt8YdasY
— LANCE! (@lancenet) 13 de setembro de 2016
Foram muitos momentos de alegria, muitos momentos de orgulho. Mas também houve muitos fatos para se lamentar.
#em2016teve torcida brasileira gritando zika para Hope Solo pic.twitter.com/IGkRlNbrkZ
— Gui (@Aguinaldinho) 28 de dezembro de 2016
Mais do que o desentendimento e a falta de carinho mútuo entre a goleira americana Hope Solo e a torcida brasileira e entre essa mesma torcida e o saltador francês Renaud Lavillenie, a polêmica gerada por membros da equipe norte-americana de natação foi, certamente, a mais badalada da Rio 2016. Após uma noite de muita bebedeira e confusão pela Zona Oeste do Rio, Ryan Lochte, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger inventaram uma história para lá de mal contada ao fingir que haviam sido vítimas de um suposto assalto na cidade, invenção que provocou vergonha em muitos membros da delegação dos EUA e indignação entre torcedores e atletas em geral. Esse episódio só não foi pior do que os casos de estupro na Vila Olímpica e os tristes acidentes que provocaram a morte do técnico alemão de canoagem slalom Stefan Henze e do ciclista iraniano Bahman Golbarnezhad.
O nadador Ryan Lochte protagonizou a maior mentira da #Rio2016.
— Moments Brasil (@momentsbrasil) 25 de dezembro de 2016
Relembre na #Retrospectiva2016 do #Moments⚡https://t.co/2RN1KsMp15
Com representantes de 207 países e mais de 11 mil atletas nos Jogos Olímpicos e 159 países e 4.300 atletas nos Paralímpicos, as primeiras Olimpíadas da América do Sul foram um grande sucesso de público, deixando muita saudade em todos aqueles que participaram ou assistiram os eventos esportivos da Rio 2016. Infelizmente, no ano de 2017, não teremos uma nova edição de Olimpíadas. Mas, em 2018, o mundo voltará seus olhos para a cidade sul-coreana de Pyeongchang, sede dos próximos Jogos de Inverno. Será que os organizadores do evento na Coreia do Sul serão capazes de repetir o sucesso brasileiro?
Nossa última medalha de ouro de 2016 vai para a torcida brasileira, que deu um SHOW nos Jogos #Rio2016! 🏅👏 Vocês são demais, galera! ❤️🇧🇷 pic.twitter.com/wHxJKkbkQD
— Jogos Olímpicos (@JogosOlimpicos) 30 de dezembro de 2016