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2016, o ano em que o Rio virou Olímpia

© Alex FerroPira Olímpica da Candelária é a nova atração no Centro do Rio
Pira Olímpica da Candelária é a nova atração no Centro do Rio - Sputnik Brasil
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Neste ano, 1,4 milhão de pessoas vieram à cidade maravilhosa para acompanhar de perto os maiores eventos esportivos do planeta, as Olimpíadas e as Paralimpíadas. Entre medalhas, recordes, superação, idolatria, protestos e muita diversão, não faltaram emoções dentro e fora das arenas cariocas, palcos de espetáculos para ninguém botar defeito.

Em meio a protestos contra o governo do presidente Michel Temer, que iriam se estender por todos os dias de competições, e polêmicas provocadas por problemas estruturais na Vila Olímpica, o Rio de Janeiro deu início ao período olímpico com uma belíssima e brasileiríssima abertura no estádio do Maracanã, considerada uma das mais encantadoras de todos os tempos. 

Com a participação de figuras emblemáticas da música nacional, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Paulinho da Viola, além de vários atletas consagrados, o Brasil deu boas-vindas aos visitantes sob os olhares de dezenas de chefes de Estado e outras autoridades estrangeiras, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, Ban ki-moon, que estava próximo a Temer quando este, sob vaias, declarou abertos os Jogos Rio 2016. 

Nos esportes, apesar das punições que fizeram com que a delegação russa viesse desfalcada para as Olimpíadas e ficasse de fora dos Jogos Paralímpicos, estrelas nacionais e estrangeiras brilharam muito ao lado de novos ídolos, contagiando o público não apenas com suas performances irrepreensíveis nas competições, mas também pelo carisma, como foi o caso da pequena Flávia Saraiva, e pelo espírito esportivo, como demonstraram as corredoras Abbey D’Agostino e Nikki Hamblin e as ginastas Hong Un-jong e Lee Eun-ju.

No Rio, vimos mitos como Michael Phelps e Usain Bolt confirmando vitórias mais do que previsíveis, ao lado da fantástica Simone Biles, que se consagrou como o maior nome da ginástica artística da atualidade. Tão espetaculares quanto eles, no entanto, foram os diversos atletas de quem não se esperava tanto assim antes das Olimpíadas mas que superaram os mais diversos obstáculos e fizeram história na capital fluminense. Tivemos Mónica Puig e Juan Martín del Potro no tênis, Simone Manuel, Joseph Schooling e Dmitriy Balandin na natação, Hidilyn Diaz no levantamento de peso e Hoang Xuan Vinh no tiro esportivo, só para citar alguns exemplos estrangeiros.

Entre os brasileiros, foram muitos os responsáveis por momentos memoráveis tanto nas Olimpíadas quanto nas Paralimpíadas. De Rafaela Silva à seleção masculina de voleibol, passando por Robson Conceição e Isaquias Queiroz, e de Daniel Dias ao time de futebol de 5, foram dezenas os que levaram a nossa bandeira com muita honra ao pódio. Ao todo, em um quadro de medalhas dominado por EUA, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha, o Brasil terminou na 13ª posição nos Jogos Olímpicos, com sete ouros, seis pratas e seis bronzes. Nos Paralímpicos, fomos um pouco melhor, ficando no oitavo lugar, com 72 medalhas, atrás de China, Grã-Bretanha, Ucrânia, Estados Unidos, Austrália, Alemanha e Holanda. 

Foram muitos momentos de alegria, muitos momentos de orgulho. Mas também houve muitos fatos para se lamentar. 

Mais do que o desentendimento e a falta de carinho mútuo entre a goleira americana Hope Solo e a torcida brasileira e entre essa mesma torcida e o saltador francês Renaud Lavillenie, a polêmica gerada por membros da equipe norte-americana de natação foi, certamente, a mais badalada da Rio 2016. Após uma noite de muita bebedeira e confusão pela Zona Oeste do Rio, Ryan Lochte, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger inventaram uma história para lá de mal contada ao fingir que haviam sido vítimas de um suposto assalto na cidade, invenção que provocou vergonha em muitos membros da delegação dos EUA e indignação entre torcedores e atletas em geral. Esse episódio só não foi pior do que os casos de estupro na Vila Olímpica e os tristes acidentes que provocaram a morte do técnico alemão de canoagem slalom Stefan Henze e do ciclista iraniano Bahman Golbarnezhad

Com representantes de 207 países e mais de 11 mil atletas nos Jogos Olímpicos e 159 países e 4.300 atletas nos Paralímpicos, as primeiras Olimpíadas da América do Sul foram um grande sucesso de público, deixando muita saudade em todos aqueles que participaram ou assistiram os eventos esportivos da Rio 2016. Infelizmente, no ano de 2017, não teremos uma nova edição de Olimpíadas. Mas, em 2018, o mundo voltará seus olhos para a cidade sul-coreana de Pyeongchang, sede dos próximos Jogos de Inverno. Será que os organizadores do evento na Coreia do Sul serão capazes de repetir o sucesso brasileiro?

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