A família conseguiu juntar cerca de R$ 6 mil, em moedas acima de R$ 0,25 e notas de até R$ 5 que economizaram durante dois anos e meio em cofres improvisados em garrafas pet e uma caixa.
Em entrevista exclusiva para a Sputnik, a recepcionista Monique Cleto, de 37 anos explicou que teve a ideia de começar a juntar as moedas e notas depois de receber uma dica da mãe, que já fazia economias de moedas para pagar o IPVA do carro dela.
"Essa ideia começou através da minha mãe. Ela junta moedas o ano inteiro para poder pagar o IPVA do carro dela em janeiro, e ela sempre me falava que fizesse esse tipo de economia também para poder pagar o meu IPVA do carro, mas eu nunca dei importância, até que um dia eu comecei a juntar."
A ideia inicial da recepcionista era garantir um local para brincar o carnaval, mas o marido a convenceu a usar os R$ 6 mil economizados em uma viagem para a família. A economia nos cofrinhos foi tão boa, que a família conseguiu viajar pela primeira vez de avião com destino a Maceió, onde passaram sete dias e oito noites na cidade.
"Já próximo ao final do ano, eu gosto muito de carnaval e falei para meu marido que visse com nossos amigos um local para podermos passar o carnaval, mas ele disse que seria melhor que fôssemos viajar ao invés de alugar uma casa para o carnaval, e eu acabei gostando da ideia. Só que se passaram 2 anos e meio comigo juntando as moedas e as notinhas de R$ 2 e R$5 e quando nós resolvemos tirar férias e acertar um pacote com tudo, vimos que tínhamos dinheiro suficiente para comprar um pacote para família, eu, meu esposo e nossa filha e também para nos manter lá."
Monique explicou que no começo só ela guardava o troco da padaria, farmácia e de qualquer compra que fazia e o marido não acreditava que iam conseguir juntar tanto dinheiro para tirar férias. "Eu ia na padaria para comprar pão, aí me sobravam R$ 3, uma nota de R$ 2 e uma moeda de R$ 1, eu então não gastava, eu juntava. A mesma coisa eu fazia com troco de farmácia e de ônibus, tudo eu ia juntando. Eu acabei traçando uma meta na minha vida. No início era somente eu, porque o meu marido não acreditava e dizia que ia demorar muito para que nós pudéssemos fazer essa viagem, porque notas de R$ 2 e R$ 5 não renderiam muito. Só que é aquele negócio, é de grão e grão que a galinha enche o papo."
A recepcionista afirma que se não tivesse economizado a família nunca teria condições de pagar por um passeio como o que fizeram.
"Eu queria muito viajar, mas eu não tinha como tirar o dinheiro das despesas para pagar essa viagem, então eu resolvi juntar para custear essa viagem. Eu acredito que se não fosse assim não ia conseguir, porque é um custo muito alto, ainda mais que nós somos três."
Apesar do marido agora estar desempregado, Monique Cleto afirma que mesmo assim a família vai continuar guardando as moedinhas e pequenas notas já de olho nas próximas férias. "Meu marido agora se encontra desempregado, e por isso nós demos uma diminuída, mas após a viagem de Maceió ele viu que dava certo e passou a me ajudar. Agora nós continuamos juntando só que não com a mesma frequência. Eu já troquei muitas notinhas, já estourei duas garrafas de pet minhas e vou estourar a terceira, o dinheiro está todo guardado no banco e eu dependo agora das minhas férias saírem no trabalho, saindo e eu vejo que vai dar para nós irmos, nós vamos nos programar para ir sim."
Para quem quer garantir também uma viagem de férias ou qualquer outro sonho material, Monique diz que a grande dica é ter força de vontade e estipular uma meta. "A pessoa tem que ter uma meta e foco, tem que ter muita força de vontade. Se a pessoa tiver essa disciplina para alcançar aquele objetivo ela consegue. Eu super indico. Como eu consegui viajar, eu posso utilizar o dinheiro em outras coisas também, não é só viagem, eu também posso juntar para dar entrada em um carro."