A avaliação é do Padre Anatolie Topala, da Igreja de São Sérgio de Radonej, em Porto Alegre, a propósito das celebrações do Natal da Igreja Ortodoxa Russa neste sábado, 7 de janeiro.
Líder eclesiástico no país, o Padre Anatolie Topala é, na denominação oficial da instituição, Vigário Para as Oito Paróquias da Igreja Ortodoxa Russa no Brasil. Isto significa que todos os párocos da Igreja Ortodoxa precisam se reportar diretamente ao Sacerdote Topala.
Por perceber a febre consumista relacionada à festa, o Padre Anatolie Topala observou:
"O importante, para nós, não é o simples ato de comemorar a festa mas sim como se celebra o Natal. É o momento de devoção, de reflexão, de demonstrar respeito pela Natividade do Salvador, o Cristo, compreendendo o que ele representa para a humanidade."
Na entrevista que concedeu à Rádio Sputnik Brasil, o Padre Anatolie Topala fez questão de destacar um trecho da mensagem enviada pelo Metropolita Inácio, responsável por todas as paróquias da Igreja Ortodoxa Russa na América Latina:
"A Natividade é um grande e misterioso acontecimento. O próprio Deus Cristo entrou na vida do mundo e, desde este dia, tudo mudou, dentro e fora de cada um de nós. Por isso, o espírito de Natal, que é o espírito da solidariedade, tem de acompanhar toda nossa vida, não só nesses dias especiais de Natal. Nós temos de praticar e cultivar o ano inteiro esse espírito de solidariedade, e não só agora nesses dias quando lembramos o nascimento de Cristo."
A Igreja Ortodoxa Russa celebra o Natal em 7 de janeiro por seguir o calendário Juliano enquanto que a Igreja Católica comemora em 25 de dezembro por seguir o calendário gregoriano. Segundo o Padre Anatolie Topala, os ofícios do Natal começam com as Vésperas, na noite de 6 de janeiro. Segue-se a vigília que entra pela madrugada e, na manhã do dia 7, é oficiada a Divina Liturgia do Natal. Em seguida, é colocada uma farta mesa festiva e as famílias se reúnem para a grande refeição comemorativa.