Segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania, o massacre ocorreu às 2h30min locais, equivalentes às 4h30min, horário de Brasília (com o horário de verão em vigor, Roraima está duas horas atrás de Brasília). Um grupo de presos deixou suas celas e invadiu outras, provocando a matança.
O Coronel Edivaldo Amaral contou que, em Roraima, a gestão dos presídios é exclusivamente feita pelo Estado e daí a surpresa com os fatos ocorridos nesta sexta-feira. Por sua vez, o Secretário de Justiça e Cidadania, Uziel Castro, que foi ao local, informou que o massacre foi atribuído aos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que cumprem condenações naquela colônia penal. Mais tarde surgiu a informação de que as vítimas dos integrantes do PCC foram membros do Comando Vermelho (CV).
Segundo o Coronel Edivaldo Amaral, o governo de Roraima tem consciência da dificuldade que é gerir o sistema penitenciário:
"Adotamos uma série de cuidados como, por exemplo, evitar que grupos de facções rivais se encontrem e façam o chamado ajuste de contras. Realizamos inspeções periódicas nas celas. Mas, por maiores que sejam os cuidados, sempre alguma situação escapa ao controle. Nós temos plena consciência de nossas dificuldade e temos todo direito de esperar pela ajuda do governo federal, na forma de construção de novos presídios de segurança máxima, de modo que possam ser transferidos para estes estabelecimentos os presos de maior periculosidade."
A Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), localizada na BR-174, é considerada a maior unidade prisional de Roraima. A colônia penal abriga mais de 1.400 presos, o que é considerado o dobro de sua capacidade.
Em pouco mais de três meses, este foi o segundo massacre de presos. Em outubro de 2016, dez internos morreram num confronto entre integrantes de facções rivais ocorrido num dia de visitas. Na ocasião, parentes dos presos foram tomados como reféns e só conseguiram se libertar dos criminosos com a chegada da Polícia Militar.