Os políticos planejam conduzir uma série de encontros com os altos oficiais em Damascos e Aleppo, bem como se familiarizar com a situação humanitária e militar no país.
Em entrevista à Sputnik Internacional, Thierry Mariani afirmou que ele e seus colegas se encontraram com o vice-chanceler sírio, Ayman Susan, para discutir a situação interna no país.
"Hoje, estaremos viajando para Aleppo, o que significa que seu aeroporto foi finalmente reaberto. Gostaríamos de ver como é, na realidade, a situação em Aleppo. No decorrer de nossa visita anterior para cá, celebramos a Páscoa Católica com os cristãos locais e prometemos voltar para o Natal. Em Aleppo, nos encontraremos com os representantes da comunidade local armênia em um sinal de solidariedade com os residentes desta cidade tão sofredora", disse Mariani.
Ele acrescentou que os habitantes de Damasco podem ficar sem água potável a qualquer momento, salientando que em muitos casos a água foi envenenada por terroristas. A água limpa que há está sendo distribuída em reservatórios.
Durante uma conversa com a Sputnik, Nicolas Dhuicq afirmou que esta já é sua terceira visita a Damasco.
"Agora, a vida está voltando para esta cidade, as janelas se iluminam e as pessoas começam a deixar seus refúgios e viver uma vida normal", expressou ele, adiantando que a situação melhorou de modo perceptível quando comparada a de um ano atrás.
"Estamos aqui para mostrar que o povo francês não se esquece dos laços amistosos e da sua simpatia em relação ao povo da Síria", realçou.
Ao ser perguntado se esta visita e suas impressões poderiam ajudar a mudar a opinião pública francesa sobre o conflito sírio, Dhuicq expressou a esperança que sim.
"Primeiro, quem vota são as pessoas e eu acredito que agora eles tendem a ouvir mais aqueles que se dispõem de conhecimentos de primeira mão sobre a situação no terreno. Ao meu ver, os franceses estão se dando conta de que a interpretação da situação que lhes têm apresentado ao longo de todos estes anos não é verídica, por isso que, acho eu, nossa história terá efeito positivo na opinião pública francesa", explicou.
"Segundo, eu acredito que nos próximos meses e anos um novo governo francês ajudará os nossos diplomatas a despertar, voltar à realidade e agir de modo adequado", resumiu um dos legisladores.
Desde o ano de 2011, a Síria está mergulhada em uma guerra civil, na sequência dos protestos que fizeram parte da chamada Primavera Árabe e acabaram por ser extremamente violentos.
Em dezembro de 2016, o Ministério da Defesa russo comunicou que, em resultado de uma operação conjunta com o Exército Sírio, os bairros orientais de Aleppo foram libertados e as tropas governamentais sírias eliminaram os últimos cativeiros dos militantes.